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Assunção Esteves: «O teste que é feito à democracia é a justiça que ela é capaz de gerar»

«O mal das sociedades está nos seus muros e a justiça consiste em derrubá-los»

«Decididamente, o teste que é feito à democracia é a justiça que ela é capaz de gerar», disse esta quinta-feira a Presidente da Assembleia da República, nas comemorações dos 39 anos da Revolução do 25 de Abril, que decorreram no Parlamento.

Num discurso bastante filosófico, falando de «sonhos» e de «esperança política», Assunção Esteves disse que o espaço público é a «instância viva da política e da democracia, que traça o abismo entre os tempos sombrios de ontem e os tempos difíceis de hoje. É o espaço público, com a sua política interventiva e criadora».

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A crise que o país atravessa «interpela-nos sobre a consistência do discurso da democracia». «Os cidadãos pedem à democracia que ela seja arte da liberdade, mas também arte da felicidade. Perguntam pelos seus resultados nas formas concretas de vida, perguntam pelo seu conseguimento. Decididamente, o teste que é feito à democracia é a justiça que ela é capaz de gerar».

Palavras dirigidas também ao percurso da União Europeia que, neste tempo de crise, se tem revelado uma «comunidade de riscos».

Teve tempo, também, para frisar a importância da «vida digna», que «é indissociável da vida livre». «A ideia corre o dia-a-dia das pessoas, a inquietação dos Governos, a dor que dói sempre que enfraquecem os direitos nesta sociedade aberta».

Disse também que «contra o desencanto democrático, todos temos que correr para vencer. Como se cada um de nós carregasse sozinho a esperança do mundo» e destacou que «a política é, por natureza, a única ação capaz de uma eficácia universal». Tem um «sentido de serviço».

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A Presidente da Assembleia da República advertiu também que «é preciso combater a pobreza. A pobreza exclui da sociedade, exclui da participação da sociedade. A pobreza, com os seus muros, atinge a dignidade individual e a universalidade das democracia. Atinge-nos a todos.

E Abril veio como um grito contra todos os muros. Um grito de justiça».

E, concluiu, «o mal das sociedades está nos seus muros e a justiça consiste em derrubá-los».

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