Já fez LIKE no TVI Notícias?

CDS: «Lembrar Abril, sim, mas o que temos que cumprir é Portugal»

Cecília Meireles diz que país sempre conseguiu vencer com dignidade os seus problemas, que agora são cada vez mais europeus

«Lembrar Abril, sim. Mas o que temos que cumprir é Portugal». Esta foi a última frase do discurso do CDS-PP nas comemorações da Revolução do 25 de Abril, no Parlamento, pela voz de Cecília Meireles.

«Cumprir Abril é sabermos honrar o direito que nos legaram de fazermos escolhas pela nossa própria cabeça, é fruirmos a liberdade de o podermos fazer sem medos nem temores, e é cumprirmos o dever de defendermos, até ao limite das nossas forças, aquilo que acreditamos ser o melhor para o nosso país», começou por dizer a deputada.

PUB

«A memória que hoje evocamos, não é de alguns, é de todos. Não é de uma só geração, é para sempre», continuou, para depois centrar o discurso na Europa.

«É com inquietação que assistimos a um crescente debate no espaço europeu, feito à votla de conideraões simplistas, para usar um eufemismo, ou maniqueístas, para chamar as coisas pelos nomes, ou moralistas, para ser mais audaz. Falamos da crescente tentativa de dividir a Europa entre um Norte, que trabalh, e um Sul, que descansa. Entre um Centro, que poupa, e uma Periferia, que gasta. Esta alegada divisão é absolutamente inaceitável».

Apesar disso, «Portugal conseguirá, sempre conseguiu, vencer com dignidade os seus problemas. Mas, não nos iludamos, os problemas não são apenas nossos, são cada vez mais europeus. Precisamos de um Portugal com determinação e de uma Europa com visão».

Para o CDS, «Portugal tem não só o dever, mas sobretudo o direito, de honrar essa responsabilidade com que se comprometeu», mas, avisa, «queremos uma europa que se orgulhe de pedir o razoável. Não queremos uma Europa que se arrependa de exigir o impossível».

Este momento em que estamos «não é o primeiro momento difícil que Portugal atravessa». E «a nossa Constituição é como o 25 de abril. Não é de alguns, deve ser de todos. Não é apenas pelos que aqui estão, é também dos que já partiram e dos que hão-de nascer. Foi por isso mesmo que nos batemos pela consagração constitucional de um limite à dívida».

Cecília Meireles elencou o crescimento económico como um «pilar decisivo», com a necessidade de «contrariar a fatura social inaceitável que é o desemprego», cirando oportunidades, permitindo a mobilidade social e abrindo «caminho a uma sociedade em que, com mérito, com esforço e com trabalho, se pode ter uma vida melhor». Apelou a uma «sociedade equilibrada» que «não pode esquecer nunca os mais velhos, que trabalharam toda a vida e deram o seu contributo».

PUB

Últimas