Já fez LIKE no TVI Notícias?

Os Verdes: como no 25 de Abril, «país não aguenta mais»

«Libertemo-nos desta ditadura do poder financeiro», pede a deputada d'Os Verdes, que lança apelo de eleições a Cavaco

O partido ecologista «Os Verdes» foi o primeiro a usar da palavra na cerimónia comemorativa dos 39 anos do 25 de Abril, na Assembleia da República, para dizer que, como naquela altura, o país agora também não aguenta mais.

«39 anos depois, não há vivalma que diga que era este o país que então se sonhava construir! Quase quatro décadas depois voltamos a reclamar liberdade! Libertemo-nos desta ditadura do poder financeiro em que vivemos hoje!», reclamou a deputada Heloísa Apolónia.

PUB

O poder político «vendeu-se ao poder financeiro», os banqueiros «agiram sórdida e fraudulentamente». «Swap é como chamam aquilo que é um verdadeiro flop para as contas do país. Que esbanjamento dos poderes públicos!».

A deputada afirmou que há dinheiro para pagar salários pensões, para garantir o sistema educativo, o serviço nacional de saúde, «mas é canalizado para o sistema financeiro».

Com isso, « está-se a criar uma bolsa de pobreza abominável. Fome prolifera no país, número de desempregados é dramático, a emigração forçada por falta de esperança é assustadora, a dívida não pára de crescer. Isto tem de estancar!»

Daí o apelo direto ao «senhor Presidente da República». « O país não aguenta mais estas políticas delapidadoras. E não é o vai vem de membros do Governo que resolve a situação».

Por isso, Heloísa Apolónia pediu que se devolva a palavra aos portugueses: «É do mais interesse nacional, neste momento, Senhor Presidente».

Também foi «a certeza de que não era possível aguentar mais», há 39 anos, que fez a Revolução. «Decerto haveria, na altura, quem assegurasse que aguentam, ai aguentam, aguentam!, mas os capitães de Abril que abriam alas à revolução, à qual se juntou um povo ávido de liberdade e de democracia, ditaram a resposta inequívoca: não aguentamos mais!».

A deputada lembrou que «houve quem começasse a desfazer-se dos cravos de Abril, a deitá-los ao chão, gerando políticas que esqueceram a solidariedade, a promoção da igualdade, a dignidade de um povo. Esqueceram-se, no entanto, pobres governantes, que cada cravo deitado fora, à terra, era semente que voltaria a germinar. Há quem não largue o cravo da mão, ganhando alma para todos os desafios».

Um recado também sobre o desrespeito da Constituição da República Portuguesa: «Há quem sonhe e tente destruir este instrumento de sustentabilidade; proposta para ninguém saia do sistema de ensino sem a oportunidade de conhecer a Constituição, como hoje, incompreensivelmente, acontece».

PUB

Últimas