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PS: «A sociedade está pronta para dizer não»

«Falhar o teste constitucional uma vez não é preterir uma formalidade. Falhá-lo duas vezes, no teatro da crise, é cometer suicídio de credibilidade», diz Alberto Costa

«Como em muitos momentos que o nosso país atravessou, a sociedade está pronta». Está pronta «para dizer não agora». Esta foi a mensagem que o PS quis passar esta quinta-feira, nas comemorações dos 39 anos da Revolução do 25 de Abril, no Parlamento.

Num discurso muito aplaudido pela sua bancada, o deputado socialista Alberto Costa começou por dizer que «construímos uma democracia em que o Estado e as leis se subordinam à Constituição - uma genuína Constituição e não uma Constituição à disposição».

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Depois, uma crítica mais direta a este Governo, sobre esta matéria. «Falhar o teste constitucional uma vez não é preterir uma formalidade. Falhá-lo duas vezes, no teatro da crise, é cometer suicídio de credibilidade».

Alberto Costa lembrou que «uma Constituição que é em todos os momentos, no bom tempo e na tempestade, um teste à qualidade democrática da governação» e que «o nível dos sacrifícios impostos atingiu o limite».

Acusou o Governo de transmitir uma «mensagem perversa à sociedade», quando «se privilegia o que é mais fácil, quando se constituem como alvos preferenciais os que não podem reagir, quando em primeiro ligar se atingem os mais débeis, os doentes, os desempregados, os pensionistas, os idosos».

«Perversa não apenas porque não alcance o que anuncia, não apenas porque os efeitos pretendidos não passam a resultados. Perversa sobretudo porque extermina expectativas, semeia frustração, o ceticismo e a desconfiança e compromete as próprias condições de uma governação democrática eficaz».

O discurso também se dirigiu à Europa, ou, melhor, à atuação de Portugal na Europa. «Há que agir, há que agir agora para que esse projeto europeu não se desfigure, a ponto de nos situarmos fora da nossa própria credencial. É preciso reforças drasticamente a capacidade portuguesa de negociação e de proposta no quadro europeu».

O PS reclama «um novo curso político, um novo curso de esperança», dadas as «previsões falhadas, metas não alcançadas, argumentários de refúgio que não convencem, teatralizações que já não resultam».

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