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Seguro exige desculpas, Passos garante que «não se esconde»

Líder do PS considera que os portugueses terão de pagar mais 2,5 mil milhões em impostos pelo «erros» do Governo

[Notícia atualizada às 11h41 com resposta de Passos Coelho]

O líder do PS disse esta quinta-feira, no Parlamento, que o primeiro-ministro devia «pedir desculpa aos portugueses» porque «vão pagar mais 2,5 mil milhões de euros para tapar os erros dos seus cálculos orçamentais».

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«O senhor primeiro-ministro disse que se os portugueses cumprirem, o défice baixaria para os 4,5%. Os portugueses cumpriram, o senhor falhou. O défice está nos 6%, a dívida subiu para 119%», apontou António José Seguro, durante o debate das moções de censura apresentadas pelo PCP e Bloco de Esquerda e que contarão com a abstenção, já admitida, do PS.

«Estes são os resultados, mas as consequências são mais desemprego, menos economia. Se assim é, porque é que insiste senhor primeiro-ministro?».

Seguro não deixou ainda escapar o facto do executivo ter acordado as novas medidas de austeridade com Bruxelas, sem discussão com os parceiros sociais nem anúncio ao país.

«O que pensa hoje o dr. Pedro Passos Coelho confrontado com o facto de o Governo português ter entregue em Bruxelas uma proposta tão importante para a vida dos portugueses com aquilo que pensava o dr. Pedro Passos Coelho em março de 2011 quando criticou o Governo da altura por ter entregue [o PEC IV] em Bruxelas?».

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Mais tarde, Passos respondeu que foi ele próprio que «negociou com os parceiros sociais e anunciou ao país» as mudanças na Taxa Social Única e, depois, «coube ao senhor ministro de estado e das finanças explicar ontem a solução no IRS que, em qualquer caso, não deixei de publicitar aos parceiros sociais».

Já sobre o pedido de desculpas exigido pelo líder socialista, o primeiro-ministro contra-atacou: «Eu não gosto de pedir desculpa pelos outros», enumerando as «rendas de energias, os gastos e a dívida que foram assinados por um governo que não é este que está representado agora nesta assembleia».

António José Seguro deixou, no entanto, por responder a questão lançada pelo deputado social-democrata Luís Montenegro: «Se o memorando de entendimento fosse assinado hoje, que posição teria do PS?».

Já da parte do CDS, Nuno Magalhães prometeu que as pensões não serão congeladas, como no tempo de José Sócrates.

PCP e BE pediram a «demissão do Governo», criticando o «assalto fiscal», classificando as decisões da equipa de Passos Coelho como «um falhanço».

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Já o primeiro-ministro garantiu que «com o esforço de todos», Portugal está a «consolidar as contas públicas», através da redução «de mais de 12%» da despesa pública e prometeu que, «depois de aliviar a dívida» vai «aliviar os portugueses do peso excessivo da carga fiscal».

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