Os partidos políticos querem prosseguir com os seus planos de campanha e só admitem alterá-los devido à gripe A se houver recomendações oficiais nesse sentido.
«Estaríamos num cenário em que já não funcionariam os cinemas, os teatros e outros recintos fechados. Se houver esse cenário, será preferível organizar comícios ao ar livre», explicou o deputado do BE e médico João Semedo.
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«Se houver oficialmente recomendações gerais, além daquelas que já existem, para evitar a propagação do vírus nós adaptaremos as nossas iniciativas», acrescentou à Lusa.
O coordenador da campanha socialista, Vieira da Silva, disse que seguirá «as orientações que o ministério da Saúde emanar» e que a organização da campanha «fará tudo para que as acções decorram com normalidade, reforçando os princípios básicos» de higiene e protecção.
Vieira da Silva exemplificou com jornal de campanha do PS, que inclui uma página com as recomendações do ministério da Saúde sobre a forma correcta de lavar as mãos. «Não creio que dada a natureza da campanha, ela acarrete um grande risco acrescido. A campanha não vai ser marcada por muitas concentrações em espaços fechados», concluiu.
A campanha do CDS-PP «mantém o rumo com muitos contactos públicos e deslocações a feiras», que só mudará se «as autoridades competentes aconselharem a redução desse tipo de contactos», afirmou o director de campanha do CDS-PP, João Rebelo.
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Mais conferências de imprensa e a utilização da Internet para divulgar a mensagem política podem ser alternativas no caso de ser necessário evitar as iniciativas habituais para reduzir o risco de contágio, acrescentou João Rebelo, afirmando acreditar que não será necessário.
Do lado do PSD, o director de campanha, Agostinho Branquinho, defendeu que «não se deve dramatizar» a questão e considerou que o principal é «que não tenha enormes impactos» e que «os serviços de saúde estejam a postos e preparados para a realidade dos factos».
O PCP defendeu igualmente que «neste momento é preciso dar uma maior atenção às medidas por parte do ministério da Saúde necessárias à prevenção e combate à gripe A».
Recusando «linhas de especulação e empolamento», Vasco Cardoso, da comissão política do PCP, assegurou que o partido «tomará as medidas adequadas que em cada momento se verifiquem necessárias».
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