O líder do CDS-PP, Paulo Portas, anunciou, este sábado, o voto contra do partido à proposta de Orçamento do Estado para 2011, afirmando que «preza a coerência» e que já não acredita no Governo e no primeiro-ministro.
«O CDS preza a coerência e é penhor de uma alternativa. Não estamos dispostos a negar tudo o que pensamos, a negar tudo o que fazemos e a negar tudo o que dizemos», afirmou, acrescentando que o voto contra será «um não de direita» a uma política em que já não acredita.
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Em conferência de imprensa na sede do CDS-PP, Paulo Portas fez uma análise muito negativa da proposta orçamental, afirmando estar convicto de que «pode levar o país à recessão».
«Ora, eu que disse ao primeiro-ministro para sair, não vou certamente votar de modo a que ele fique. Se amanhã o primeiro-ministro vier dizer que a oposição não teve coragem para o mandar embora, eu quero poder dizer que votei em conformidade com um primeiro-ministro em que não acredito, um Governo em que não acredito e uma política com a qual não concordo», sublinhou.
Para Paulo Portas, a proposta orçamental «pode levar o país à recessão», não controla o endividamento, será «executado por que não disciplina a despesa», aumentará o desemprego e empobrecerá a classe média.
«Sempre pareceu óbvio que o PS e o PSD vão viabilizar OE2011»
É um orçamento que «ataca os mais vulneráveis, os idosos e os mais pobres, mas que deixa as empresas públicas à solta», disse, afirmando que o voto contra do CDS-PP será «um não de direita a este Governo e a este primeiro-ministro».
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