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Governo quer “desfazer-se dos serviços públicos a qualquer custo”

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Socialistas dizem que despedimentos na Portway em Faro são "lição sobre privatizações"

Miguel Feitas lamentou que o despedimento dos trabalhadores tivesse deixado “inoperacional o serviço de mangas telescópicas cerca de um mês” e originado “várias reclamações das companhias” aéreas, refletindo-se numa “degradação da qualidade de serviço prestado pela ANA” em Faro. A Lusa contactou com a ANA, mas ainda não foi possível obter uma reação da empresa que gere os aeroportos portugueses às críticas socialistas.

O PS acusou  esta terça-feira o Governo de querer, com as privatizações, “desfazer-se dos serviços públicos a qualquer custo”, sem pensar “na qualidade dos serviços nem no direito dos trabalhadores”, apontando como exemplo despedimentos na Portway, no aeroporto de Faro.

Deputados socialistas eleitos pelo Algarve reuniram-se na segunda-feira com o diretor do aeroporto algarvio e com os trabalhadores despedidos pela Portway e, com a privatização da companhia aérea TAP na ordem do dia, advertiram que os despedimentos verificados em Faro são “uma lição sobre privatizações apressadas feitas por este Governo”.

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O deputado do PS Miguel Freitas considerou que o despedimento de 12 trabalhadores da Portway - que tinham como função operar as pontes telescópicas (as ‘mangas’ de saída dos aviões), a 20 de abril - é representativo de como o Governo “não pensa na qualidade dos serviços nem no direito dos trabalhadores, apenas em desfazer-se dos serviços públicos a qualquer custo”.

Miguel Freitas, citado num comunicado do PS, considerou que o despedimento foi “intencional, por castigo, de 12 profissionais que prestavam serviço há mais de oito anos na empresa, sem direito a indemnização”, devido ao alegado envolvimento em greves durante o verão.

O PS, no comunicado, alertou que a empresa gestora do aeroporto de Faro, a ANA, é “detida pela Vinci” e “não renovou o contrato com a Portway, detida por sua vez detida em 100 por cento pela própria Vinci”, e acabou por contratar “uma outra empresa, para prestação de serviço nas mangas telescópicas, a Sotécnica, que é também participada pela mesma Vinci”.

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“Este é o resultado de uma privatização perversa que não assegurou a devida segmentação de mercado, dando à mesma empresa o monopólio da gestão dos aeroportos portugueses e, simultaneamente, permitindo-lhe deter licença para atividades de assistência em escala, como é o caso dos serviços de tapete e de mangas telescópicas, o que lhe confere margem para todas as arbitrariedades”, criticou o deputado algarvio do PS.

O PS informou também que “já questionou o ministro da Economia, na Assembleia da República, através de uma pergunta escrita, sobre uma eventual violação do caderno de encargos” e assegurou que vai “recorrer a todos os mecanismos disponíveis para denunciar o atropelo aos direitos dos trabalhadores e a enorme perversidade das privatizações nos transportes públicos” que o Governo pretende realizar “até ao final da legislatura, como a privatização da TAP”.

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