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Eleições com «filas intermináveis, ao frio» causam indignação de votantes

Leitores denunciam várias situações ao TVI24.pt

Os eleitores com Cartão do Cidadão têm tido, ao longo de todo o dia, dificuldades em votar nestas eleições presidenciais, facto que o porta-voz da Comissão Nacional de Eleições, Godinho de Matos, já admitiu que «vai aumentar abstenção.

O Cartão do Cidadão substitui vários documentos, entre os quais o de eleitor, mas o novo número não foi actualizado nos cadernos eleitorais. Quem foi hoje votar pela primeira vez com o Cartão do Cidadão viu-se confrontado com «filas intermináveis, ao frio», segundo descreve a leitora Manuela Gonçalves, para fazer a actualização do seu número de eleitor em postos das juntas de freguesia junto às assembleias de votos.

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A alternativa a este processo no local não esteve a funcionar porque o Portal do Cidadão esteve bloqueado e o serviço de SMS 3838 inacessível.

Vários leitores têm descrito a situação de caos no processo eleitoral nos comentários feitos ao TVI24.pt. O Ministério da Administração Interna já confirmou o bloqueio informático, mas apenas durante duas horas.

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«Acho inacreditável que no nosso país o sistema de voto ainda seja quase o mesmo que nos tempos do 25 de Abril. Tive dificuldade em votar, quer pela concentração de eleitores com o novo cartão que esperavam por saber se podiam votar ou não, quer pela organização geral da mesa de voto[...]», considera João Neto ao tvi24.pt.

Carlos Vilela queixa-se de que quando lhe foi entregue o Cartão do Cidadão nada lhe foi dito em relação a esta actualização do número de eleitor. E questiona: «Porque é que nessa altura não me foi logo atribuído um novo número de eleitor?». A indignação deste leitor continua, questionando por que razão não houve qualquer esclarecimento durante a campanha eleitoral para esta situação. Vilela denuncia ainda uma aparente falta de coerência em relação aos novos números que leva pessoas que antes votavam na mesma mesa a expressarem agora o seu voto em assembleias de votos diferentes: «Qual é a lógica de duas pessoas recenseadas com um número de diferença cada votem em escolas diferentes, não será isto estar a brincar com os cidadãos que têm para além de pagar os seus impostos ainda serem mal e irresponsavelmente tratados por quem tem obrigação de os servir?»

Toda esta confusão no processo eleitoral destas presidenciais originou muitas desistências por parte de eleitores que não quiseram esperar tanto tempo para votar. Segundo descreve o leitor Eduardo Gonçalves, o cenário na sua assembleia de voto foi desastroso: «Na Escola Delfim Santos estão montes de pessoas a desistir de votar devido à falta de informação, à redução de mesas de voto (o que transforma o acto de votar numa autêntica batalha campal por um pouco de espaço para respirar), e sobretudo porque pessoas que votavam ali, foram mandadas para as Laranjeiras ou para S. Sebastião da Pedreira para votar. Uma desorganização total e uma vergonha. Pelo menos nesta freguesia, a abstenção deve rondar os 80 por cento».

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