Freitas do Amaral reafirmou este sábado em Setúbal o apoio a uma eventual recandidatura de Cavaco Silva à Presidência da República e advertiu para o perigo de outra candidatura de direita, que poderia obrigar a uma segunda volta das presidenciais.
«Como estou retirado da vida política e tenho plena liberdade de opção, decidi exercê-la e torná-la pública», disse Freitas do Amaral, ex-ministro dos Negócios Estrangeiros de José Sócrates, acrescentando que nem sequer deu conhecimento da sua intenção ao actual Presidente da República.
Confrontado com a possibilidade de surgirem outras candidaturas à direita, Freitas do Amaral, que anunciou publicamente o apoio à recandidatura de Cavaco Silva através do jornal Expresso, disse não ter nada contra, mas advertiu que esse cenário poderá dificultar a reeleição de Cavaco Silva.
«Não tenho receio nenhum (de haver mais algum candidato à direita). O que eu digo é que é inconveniente para quem entenda que uma candidatura presidencial que patrocine um Governo de unidade de esquerda não é vantajosa para Portugal», disse.
«Estar a criar divisões, impedindo uma vitória à primeira volta, quando a vitória à segunda volta é mais difícil do que a vitória à primeira volta, parece-me que é um pouco contraditório com os objectivos que se pretendem atingir», acrescentou.
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