Já fez LIKE no TVI Notícias?

Manuel Alegre diz que recandidatura de Cavaco não é «novidade»

Candidato apoiado pelo PS e BE remete para quarta-feira uma declaração sobre o anúncio de recandidatura do actual Chefe do Estado

O candidato presidencial, Manuel Alegre, não se mostrou surpreendido com o anúncio da recandidatura de Manuel Alegre, afirmando não existir qualquer «novidade» na «recandidatura de direita» de Cavaco Silva. Apesar de remeter para quarta-feira uma reacção ao discurso de recandidatura, o socialista, que se encontra no Funchal, não quis deixar de marcar a sua posição em relação ao seu maior concorrente na corrida a Belém.

«Venho inaugurar a sede no dia em que o Presidente da República vai fazer uma declaração, suponho que para anunciar a sua recandidatura», disse, considerando ser «uma recandidatura anunciada há muito pelo próprio Presidente e pela forma como tem havido uma confusão entre o exercício das funções presidenciais e a campanha eleitoral».

PUB

Para Manuel Alegre, o Presidente da República «anda em campanha eleitoral há muito tempo» e a partir de hoje «passará a ser um candidato igual aos outros em termos legais».

Alegre destacou que a principal diferença com a disputa de há cinco anos é contar agora com o apoio do seu partido (PS).

Disse que «Cavaco Silva será o candidato da direita, do PSD e CDS, apoiado não só pela direita politica como pela económica, o grande capital», sendo a sua a da «esquerda democrática».

O candidato apoiado por PS e BE argumentou que Cavaco Silva ser o actual Presidente da República pode ser uma vantagem na corrida a Belém, mas poderá constituir também uma «desvantagem porque há cinco anos criou a ilusão nos portugueses que pelo facto de ser economista ira resolver todo os problemas do país» e Portugal enfrenta «a maior crise económica e financeira desde o 25 Abril».

Criticou Cavaco Silva por ter «errado na interpretação das funções presidenciais», defendendo que a «função do Presidente é também inspirar os portugueses através da palavra e não através dos silêncios».

«Precisamos na Presidência de alguém que tenha uma outra visão do mundo, de Portugal, outra atitude, um espírito mais aberto, uma visão mais humanista, mais solidária, mais politica e menos economicista», sublinhou.

PUB

Últimas