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Edgar Silva teria promulgado Orçamento Retificativo

Debate na TVI24 opôs Edgar Silva e Henrique Neto, candidatos à Presidência da República

O debate que opôs os dois candidatos começou com a análise de ambos à última mensagem de Ano Novo de Cavaco Silva como chefe de Estado. Já Henrique Neto acusou Cavaco Silva de ser um "homem do sistema", cujas relações demonstram uma "profunda ligação à política dos interesses que tem sido seguida". Henrique Neto acrescentou que os candidatos ligados a partidos políticos têm sempre a "tentação de sofrer influências desses partidos". O “despesismo” nas políticas públicas para o país esteve no centro de uma troca de farpas entre os dois candidatos. Henrique Neto acusou a esquerda de ser mais “despesista” e Edgar Silva, do PCP, não gostou, considerando “inaceitável” chamar de “despesismo” a “verbas indispensáveis”.

Edgar Silva e Henrique Neto teriam promulgado o Orçamento Retificativo.  Num debate na TVI, esta sexta-feira, rumo às Presidenciais de 24 de janeiro, os dois candidatos trocaram farpas sobre a despesa das políticas públicas e teceram duras críticas à mensagem de Ano Novo de Cavaco Silva.

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O candidato comunista, Edgar Silva, frisou as "reservas" e "discordâncias de fundo" em relação ao Orçamento Retificativo, mas sublinhou a necessidade de, nas circunstâncias atuais, o mesmo ser viabilizado. Isto apesar de o partido que o apoia, o PCP, ter votado contra o Orçamento.

"Tenho profundas reservas discordâncias de fundo que têm a ver com conexões ligadas ao processo Banif. Nas atuais circunstâncias e, apesar de todas as objeções ,enquanto Presidente da República daria como necessária a viabilização deste documento." 

Edgar Silva considerou que o discurso de Cavaco está cheio “de lugares comuns” e omite “as responsabilidades do Presidente da República nas políticas que trouxeram mais empobrecimento e mais exploração” ao país. Para o candidato comunista Portugal precisa de um Presidente da República que seja "português", "democrata" e que "cumpra o que jura", nomeadamente que faça cumprir a Constituição.

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“Dez anos depois, Portugal está agora bem pior, mais desigual. O Presidente da República optou sempre por não servir Portugal e os portugueses e por não defender a Constituição da República. Portugal não precisa de um Presidente da República que esteja vinculado a estas políticas que trouxeram mais empobrecimento, maior injustiça. Precisa de um Presidente da República que seja, em primeiro lugar, português, que esteja identificado com Portugal e, em segundo lugar, que seja um democrata e que cumpra o que jura, [...] que faça cumprir a Constituição."

"Os candidatos que estão ligados a partidos têm sempre a tentação de sofrer as influências desses partidos. Não é por acaso que a minha candidatura é independente a apesar de ser filiado num partido, sou independente dos interesses, dos lóbis, das organizações. [...] Cavaco Silva sempre foi um homem do sistema."

“Não me parece que seja aceitável chamar despesismo a tudo quanto são verbas na área da Saúde, da Educação. [...] Temos visto pessoas a morrer às portas das urgências porque houve cortes na Saúde, não despesismo."

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