O candidato à Presidência da República Fernando Nobre apelou esta sábado a «um esforço de unidade nacional», considerando que se for intenção do primeiro-ministro, e esta tiver acolhimento dos outros partidos políticos, «a coligação seria oportuna», noticia a Lusa.
Questionado pelos jornalistas durante uma acção de campanha no Porto sobre a entrevista dada ao «Expresso» pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado, onde este defendeu que o país precisa urgentemente de uma coligação, Fernando Nobre considerou que esta é «oportuna».
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«Perante a situação extremamente preocupante que estamos a viver, tenho já dito há semanas que é bom que haja um esforço de unidade nacional para enfrentarmos os desafios que temos», relembrou.
Segundo o candidato «se for essa a intenção do primeiro-ministro e se essa intenção tiver acolhimento por parte dos outros partidos políticos e de elementos da sociedade civil» a coligação poderia ser uma solução.
«Acho que a coligação seria oportuna. Haja bom senso, haja vontade, haja unidade na acção, com objectivos claros que possam dignificar não só o nosso país interiormente como exteriormente», defendeu, acrescentando que esta poderia «apaziguar» o povo português que está «altamente angustiado».
Rejeitando a ideia de culpa por alguma das partes, Nobre reforçou a ideia de que «é preciso agora convergir, haver bom senso na união, na acção e nos resultados» a obter.
«O que está hoje em cima da mesa é o futuro empobrecimento do nosso país, o crescimento do desemprego e da pobreza, a rotura da paz social e isso nós temos que acautelar desde já», disse.
Para o candidato a Belém nas eleições de dia 23 de Janeiro, é necessário «passar uma imagem de credibilidade» de Portugal «perante as forças internacionais» que estão com a olhar para o país «com particular atenção».
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