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Tancos: Marcelo diz que nunca falou com o diretor da PJ Militar

Chefe de Estado respondeu a duas questões colocadas pelo juiz do processo

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, prestou esta quinta-feira depoimento por escrito como testemunha no caso de Tancos, na sequência de diligência que lhe foi transmitida pelo juiz do processo.

De acordo com uma nota divulgada no portal da Presidência da República na Internet, o chefe de Estado "prestou hoje - dia em que recebeu o correspondente pedido - depoimento, por escrito, como testemunha, no processo de Tancos, na sequência da diligência que lhe foi transmitida pelo juiz do processo".

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Tal como anunciou publicamente, o Presidente da República dá a conhecer aos portugueses as respostas enviadas às duas perguntas: a primeira sobre uma reunião em Tancos no dia 4 de julho de 2017 e a segunda sobre as circunstâncias em que teve conhecimento, a 18 de outubro de 2017, do aparecimento das armas e de que poderia haver uma encenação, o que soube, a 25 de julho de 2018, pela Procuradora-Geral da República", lê-se na mesma nota.

O processo sobre o furto e as circunstâncias da posterior recuperação de material de guerra dos Paióis Nacionais de Tancos, que tem entre os seus 23 arguidos o anterior ministro da Defesa Nacional, José Azeredo Lopes, começou a ser julgado no dia 2 de novembro, em Santarém.

Relativamente à primeira questão, Marcelo Rebelo de Sousa afirma que sempre tratou do caso diretamente com a procuradora-geral da República, Joana Marques Vidal, negando qualquer contacto com o diretor da Polícia Judiciária Militar.

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O Presidente da República declara que só soube que "poderia ter existido eventual encenação no aparecimento do material" de guerra furtado de Tancos através de Joana Marques Vidal, em julho de 2018.

Marcelo Rebelo de Sousa afirma ainda que "apenas tomaria conhecimento de que poderia ter existido eventual encenação no aparecimento do material, no dia 25 de julho de 2018, através da senhora procuradora-Geral da República".

O chefe de Estado refere que na véspera de ter sido noticiado o aparecimento das armas estava "totalmente ocupado com a, e mais vasta, segunda vaga de fogos florestais", em Oliveira do Hospital, distrito de Coimbra, onde fez "uma comunicação ao país sobre a matéria, na noite do dia 17 de outubro de 2017", regressando nessa mesma noite à sua residência em Cascais.

Encontrava-se nessa residência, quando, no fim da manhã seguinte - no meio da atenção prioritária dada à tragédia dos fogos e à situação política emergente - soube, pela comunicação social, com base em informação veiculada pela agência Lusa, do aparecimento do material de Tancos", relata.

O Presidente da República acrescenta que "não recebera, sobre esse aparecimento, qualquer outra comunicação anterior, nem do Governo, nem de chefias militares, nem de Belém, nomeadamente da Casa Militar, seu chefe, assessores ou ajudantes de campo".

No mesmo dia, ou no seguinte, falou-lhe a senhora procuradora-geral da República [Joana Marques Vidal] indignada com a marginalização do Ministério Público, que considerava ilegal e muito grave", adianta.

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