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Menezes quer saber por que PSP foi às escolas

Líder do PSD que saber o que «enquadra e justifica» esta medida

O presidente do PSD, Luís Filipe Menezes, exigiu esta quinta-feira que o Governo esclareça se ordenou as deslocações de agentes da PSP a escolas para saber quantos professores vão participar na manifestação de sábado em Lisboa, escreve a Lusa.

Em comunicado, a Direcção Nacional da PSP disse tratar-se de uma «recolha de dados» que foi solicitada a todos os comandos com o objectivo de «garantir a segurança dos manifestantes» e «facilitar a liberdade de circulação de pessoas e viaturas» durante a manifestação.

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Professores: PSP comenta recolha de dados

PSP identificou professores que vão à marcha

Interrogado sobre as deslocações da PSP a escolas, no final de um jantar com professores sociais-democratas em Lisboa, Luís Filipe Menezes ressalvou que o PSD vai «apurar se realmente se confirmam estas atitudes, o que é que as enquadrou, o que é que as justifica».

Entretanto, o PSD vai «pelo menos começar por pedir que o senhor ministro da Administração Interna esclareça se tem alguma coisa a ver com isto, se as iniciativas decorreram de directivas emanadas do seu Ministério ou do poder político ou se são iniciativas espontâneas de algumas estruturas que estejam descoordenadas», declarou.

«De uma forma ou de outra, isto mimetiza um pouco a atitude do próprio primeiro-ministro que sempre que vê uma manifestação acusa logo os manifestantes de serem todos comunistas ou revolucionários», considerou.

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Caricato e aberrante

A confirmar-se, é «uma situação completamente caricata e aberrante», «inadmissível» e «que merece eventualmente posições políticas bem mais duras no âmbito parlamentar», acrescentou o presidente do PSD.

Menezes enquadrou esta notícia numa «situação grave do ponto de vista de direitos, liberdades e garantias» que diz existir em Portugal, «própria de outro tipo de democracias, onde os presidentes e os primeiros-ministros falam horas seguidas ao País por semana».

Referindo ter visto na televisão, no mesmo dia, dois ministros «a falarem uma hora cada um», Luís Filipe Menezes concluiu que o que se passa em Portugal está «mais ou menos na mesma esteira» do «outro tipo de democracias».

«Estamos no limite da capacidade de resistência a violações dos direitos dos cidadãos em democracia», reforçou, concluindo que espera que o primeiro-ministro, José Sócrates, «arrepie caminho» a partir da manifestação de sábado.

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