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Disputa «é inoportuna e afetará coesão»

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Ana Gomes lembra os «esforços constantes de António José Seguro para assegurar a unidade dos socialistas»

A eurodeputada socialista Ana Gomes considerou hoje «inoportuna e desajustada» a disputa da liderança do PS, sublinhando que isso terá consequências para a coesão do partido.

«A disputa de liderança do PS agora parece-me inoportuna e desajustada», afirmou a eurodeputada do PS e reeleita nas eleições de domingo, em declarações à Lusa a propósito do anúncio da disponibilidade do presidente da câmara de Lisboa, António Costa, para disputar a liderança socialista.

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Lembrando que dentro de um ano, «no máximo», irão realizar-se eleições legislativas, Ana Gomes questionou a oportunidade de uma disputa interna: «o que está em causa é a oportunidade do PS se embrenhar agora numa disputa interna que não pode deixar de ter consequências para a coesão do partido».

Ana Gomes, que foi eleita para a Comissão Nacional do PS na lista do secretário-geral, garantiu ainda que não lhe «virará a cara» e lembrou os «esforços constantes de António José Seguro para assegurar a unidade dos socialistas».

Por outro lado, a eurodeputada manifestou a sua «perplexidade» pelo facto do anúncio da disponibilidade de António Costa para disputar a liderança do PS ter surgido apenas dois dias depois das eleições europeias, «sem tempo de reflexão sobre os resultados globais europeus».

«O PS efetivamente ganhou as eleições embora por uma margem que todos gostaríamos que fosse maior, mas numa vitória que corresponde a um dos melhores resultados dos socialistas na Europa», frisou, lembrando igualmente que há oito meses os socialistas venceram também as eleições autárquicas.

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Para a presidente das mulheres socialistas, Isabel Coutinho, a disponibilidade manifestada por António Costa «é profundamente lamentável» numa altura em que o PS está ainda a «comemorar a vitória» nas eleições europeias, ocorrida num «contexto difícil».

«O dr. António Costa é uma referência no nosso partido mas estará a ser mal aconselhado. Isto não tem sentido, não é correto nem sequer é viável porque há regras e ficou definido no anterior Congresso que o candidato a primeiro-ministro é o dr. António José Seguro», declarou.

A dirigente socialista frisou ainda que face à elevada abstenção, o PS devia «juntar forças» e estar concentrado «em analisar como é que chega às pessoas» que neste momento desacreditaram da política e dos grandes partidos.

«Estas eleições mostraram que há muitas pessoas que não estão disponíveis para ouvir sequer. É por se falar mais alto que as pessoas vão ouvir?», questionou.

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