O deputado do PSD Mota Amaral acusou, esta quarta-feira, o Governo de estar numa «recusa teimosa em adoptar providências de emergência» que agrava o estado de «alerta vermelho» da situação financeira do país.
Numa intervenção na última reunião plenária desta legislatura, o ex-presidente da Assembleia da República culpou o Governo de José Sócrates, exclusivamente, pela actual «inoportuna crise política, em conjuntura de gravíssima crise financeira, económica e social».
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Mota Amaral diz que «faltou sentido de Estado» para envolver os outros órgãos de soberania, a oposição e, em especial, o PSD «na busca de soluções para a perigosa derrapagem das contas públicas».
A abertura de um processo eleitoral agora tem «custos enormes», entre eles «um hiato em termos de governação do país e da defesa dos interesses portugueses, num período crucial, no âmbito europeu e mundial», apontou.
«Acresce que a situação financeira se encontra em alerta vermelho. E o Governo agrava-a com a sua recusa teimosa em adoptar as providências de emergência que porventura venham a tornar-se urgentes e inadiáveis. A responsabilidade que recai sobre o Governo no seu conjunto e os seus membros individualmente é enorme e pode exorbitar mesmo o âmbito apenas político», considerou.
Mota Amaral sustentou que o PS vai fazer campanha insistindo na ideia «ou nós ou o caos», acrescentando: «O argumento do medo é impactante e serve sempre o poder estabelecido. Historicamente tem sido via aberta para diferentes autoritarismos».
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