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PJ faz buscas na Câmara do Cartaxo

Suspeitas de financiamento irregular da candidatura do PS, que pode ter ocorrido através de concursos de obras ilegais

NOTÍCIA ACTUALIZADA

Inspectores da Polícia Judiciária fizeram buscas esta terça-feira nas instalações da Câmara Municipal do Cartaxo e a várias empresas de construção civil, avança o «Correio da Manhã».

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Segundo o jornal, as buscas resultam de uma investigação a correr na Unidade de Combate à Corrupção e visam directamente a intervenção do presidente do município, Paulo Caldas, do PS, em adjudicações irregulares de obras.

O «CM» adianta que a investigação está centrada em suspeitas de financiamento da candidatura do PS a este concelho nas eleições autárquicas de 2005, que pode ter ocorrido através de concursos de obras ilegais acertados entre o presidente da autarquia e mais dois vereadores, também socialistas.

O gabinete de comunicação da autarquia confirmou as buscas, sublinhando apenas que «a Câmara Municipal está sempre disposta a colaborar com qualquer autoridade que queira fiscalizar as acções da autarquia».

O vice-presidente da autarquia confirmou à Lusa a realização de buscas da PJ nos gabinetes e nas residências do presidente da autarquia e dos vereadores do mandato anterior.

Paulo Varanda disse que uma dezena de elementos da PJ estiveram esta terça-feira de manhã, cerca de hora e meia, no interior da câmara, tendo sido acompanhados pelo presidente, Paulo Caldas, que diligenciou no sentido de serem facultados todos os documentos, incluindo em formato digital, solicitados.

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O vice-presidente disse desconhecer o teor das buscas, não confirmando qualquer ligação a alegado financiamento partidário.

Segundo disse, antes das buscas nos gabinetes, a PJ esteve nas residências tanto de Paulo Caldas como dos ex-vereadores Francisco Casimiro, Rute Ouro e Pedro Ribeiro, «todos eles relacionados com processos de obras, públicas e particulares».

«Não temos concretamente a causa que despoletou esta diligência, não há um relacionar com esta ou aquela obra. Apenas que foi investigada toda a documentação, todos os elementos que fazem parte de procedimentos relacionados com obras, não com uma em concreto», disse, adiantando que «nada foi levado» pelos inspectores da PJ.

Em Fevereiro de 2009, numa outra investigação da PJ, Paulo Caldas foi constituído arguido num processo relacionado com a realização de obras ilegais nos terrenos onde se encontra a Casa das Peles.

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