José Sócrates apresentou, este sábado, as «palavras-chave» do programa que o PS apresentará às legislativas, no encerramento do fórum socialista «Novas Fronteiras».
«A nossa estratégia, as nossas orientações e palavras-chave que estão no nosso espírito são: qualificações, conhecimento, energia, mais exportações», disse, propondo um «pacto com as pequenas e médias empresas» para a internacionalização da economia.
PUB
«Inserir o país nas redes do conhecimento global mas também nas redes físicas e infra-estruturas da alta-velocidade» são as prioridades do programa de governo socialista, sendo que a «continuação da aposta no programa Novas Oportunidades» é a «primeira das prioridades».
Sobre a alta velocidade, o primeiro-ministro destacou a necessidade de inserir o país «nas redes físicas de infra-estruturas para ficar mais ligados à Europa». «Isso exige visão estratégica, exige não ficar para trás e principalmente exige que não tenhamos a visão de alguns que nos antecederam quando afirmaram, como Salazar um dia afirmou, que Portugal e os portugueses deviam ser pobres e humildes como a terra que trabalham», criticou.
Louçã: «Governo rasgou promessa de emprego»
PUB
Jerónimo: «Senhores deviam estar presos»
Acerca da energia, o também secretário-geral do PS garantiu que o investimento neste sector é «um contributo para a redução do endividamento externo». «A verdade é que o endividamento externo é um mal crónico, mas esse endividamento tem raízes estruturais e cerca de 50 por cento desse endividamento é devido à compra exterior do petróleo. Quanto mais reduzirmos essa factura, mais contribuiremos para que Portugal evolua nesse domínio», referiu.
Quanto às políticas sociais, José Sócrates defendeu que o Estado deve proporcionar «igualdade de oportunidades para todos». « Não somos um partido que queira tomar conta das pessoas do berço até à morte. Não temos uma visão assistencialista, mas devemos propiciar boas escolas, o acesso às coisas boas do mundo», concluiu.
PUB