Actualizado às 17:35
Manuela Ferreira Leite reagiu à reportagem da revista «Sábado», que fala na compra de votos no PSD. A líder do PSD diz desconhecer uma alegada compra de votos dentro do partido, condenando à partida esse tipo de atitudes.
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Questionada sobre este assunto no Fórum da TSF, Ferreira Leite justificou-se: «É sobre factos que desconheço e sobre atitudes que evidentemente condeno. É um assunto que está a ser retomado a oito dias [do fim] da campanha eleitoral. Vamos ver quantas mais notícias vão surgir, é uma história dentro da campanha».
Posteriormente, aos jornalistas, reafirmou as suas declarações. «São situações recorrentes e que ao serem apresentadas a oito dias das eleições levam-me a perceber quel o sentido destas histórias», afirmou em Viana do Castelo.
«Espero que não apareçam mais, mas também já estou preparada para isso», frisou, deixando no ar a existência de histórias plantadas em órgãos de comunicação social para influenciar os eleitores.
Francisco Louçã foi o primeiro líder partidário a comentar a notícia, desafiando Ferreira Leite a pronunciar-se sobre esta questão, dizendo que «uma política de verdade nunca compra ou vende opiniões».
«É hoje notícia ao fim da tarde que um deputado do PSD, candidato a deputado do PSD, teria oferecido, com testemunhos de pessoas que dizem que sim, e veremos o que ele diz, a compra de votos no seu próprio partido, a 25 ou 30 euros, mais umas avenças numas juntas de freguesia, para poder ganhar algumas eleições internas, tudo pequena e média influência, como diriam os Gato Fedorento», afirmou o líder do BE.
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Lopes da Costa desmente
Helena Lopes da Costa, entretanto, negou ter conhecimento da alegada compra de votos.
«Condeno e desminto veementemente as declarações infundadas feitas por meios militantes do PSD que não conheço», afirmou à agência Lusa, salientando que vai actuar judicialmente contra a «única pessoa que refere na notícia o seu nome», a ex-militante social-democrata Ana Paula Silva.
«Desconheço por completo as formas de angariação de militantes e de votação adoptadas por outras secções do distrito e do país. Não tenho quaisquer responsabilidades políticas na distrital de Lisboa há quatro anos e durante o período em que tive essas mesmas responsabilidades, os presidentes de secções referidos não eram sequer os actuais», frisou.
Já esta quinta feira, o Conselho de jurisdição do PSD de Lisboa anunciou que vai instaurar um processo de averiguações à alegada compra de votos.
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