Ainda sem a certeza de que vai vencer o partido, Manuela Ferreira Leite já fala das conquistas sobre o Partido Socialista. Foi durante uma sessão com militantes na Maia, onde recebeu um fortíssimo apoio antes do derradeiro dia que antecede as eleições no PSD.
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Em cima da mesa, a questão social, que apresenta como sua grande medalha de campanha. «Não é por milagre que a sociedade portuguesa olha hoje para o PSD com outros olhos, mas sim porque começou a debater o país e a trazer à actualidade questões esquecidas». Como precisamente a questão social, «que não nasceu há dias, já cá estava, mas do qual ninguém falava».
Ferreira Leite violou regulamento de disciplina
«Ferreira Leite tem melhores condições para ser alternativa ao PS»
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Aliás, segundo Ferreira Leite, foi devido a este levantar do problema que Mário Soares falou do assunto num artigo que levantou polémica e o ministro dos Assuntos Parlamentares disse aos militantes socialistas que «é tempo de cerrar fileiras». «Essa é a nossa grande vitória», referiu a candidata, que só falou aos militantes e nunca aos jornalistas.
A candidata à liderança do PSD acusou José Sócrates de abandonar a classe média, de só olhar para as grandes empresas e deixar de lado as Pequenas e Médias Empresas e ainda o acusou de ter feito uma «oposição irresponsável», por «criticar medidas que sabia serem obrigatórias e com que mais tarde concordou, quando chegou ao Governo».
Dois milhões de votantes
Apesar de saber que primeiro precisa vencer o partido, Ferreira Leite recordou que o PSD só tem cem mil militantes, mas o partido precisa de dois milhões de votantes para destronar o Governo. Por isso, lembrou que é preciso pensar nesse futuro e não apenas no imediato.
Muito apoiada por apoiantes e pelas estruturas locais, teve ainda ao seu lado Rui Rio e outras caras conhecidas, como os ex-ministros Silva Peneda, Arlindo Cunha e Aguiar Branco, para além do eurodeputado Carlos Coelho e os presidente de Câmara da Maia e do Marco de Canavezes.
Rui Rio teve direito a discurso e para dizer que «o PSD precisa de experiência e não de fazer experiências», por isso o carácter de «seriedade e historial do partido» apresentam Ferreira Leite como «a melhor escolha» dos militantes.
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