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Ferreira Leite justifica «luta» contra grandes investimentos públicos

Líder do PSD diz que combate à despesa que trava é para poder baixar impostos

Baixar impostos. Este é um compromisso que Manuela Ferreira Leite reafirmou esta quinta-feira na intervenção de abertura da conferência «Perspectivas Fiscais e Recuperação Económica», que se realiza do Centro Cultural de Belém, em Lisboa. A líder do PSD voltou também a justificar a sua oposição aos grandes investimentos públicos, que, diz, condenarão o país a uma carga fiscal «insuportável».

«É necessário alterar este nível de endividamento. Se é com impostos, então temos um futuro negro em perspectiva», disse a social-democrata, adiantando que «o objectivo fundamental do combate à despesa pública só pode ser a possibilidade de baixar os impostos».

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E se a Ferreira Leite se compromete a não subir impostos e a tudo fazer para baixá-los, não deixa fora desta equação a abordagem ao investimento público. «O meu combate à despesa não é para ter possibilidade, para ter margem, para fazer mais despesa, é para ter margem para baixar os impostos. E, enquanto não o fizermos, não teremos possibilidade de crescimento». «Por isso, no programa eleitoral do PSD, nós dizemos claramente que não vamos aumentar os impostos», insistiu.

A redução de impostos, para a social-democrata, é uma medida «absolutamente decisiva se queremos sair da situação de anemia económica em que nos encontrarmos». «Talvez ai esteja a grande justificação para a luta que tenho travado em relação aos grandes investimentos públicos», anotou.

«Os grandes investimentos públicos não só nos condenam a uma carga fiscal presente e futura que eu considero insuportável como nos condenam a um maior aumento do endividamento que não poderá ter outra consequência senão o aumento do crédito para as empresas que não sei como é que o vão suportar», apontou depois.

Para Ferreira Leite, é necessário alterar o actual modelo económico. «O modelo tem que ser completamente alterado. Ele tem que apostar nas exportações e no investimento privado, nacional e estrangeiro», disse, sublinhando ser prioritário para criar condições para esta alteração de modelo, reformar o sistema judicial de forma a torná-lo mais célere.

«Se eu tivesse que hierarquizar os aspectos fundamentais que compete ao Governo resolver para criar este ambiente, eu poria à cabeça o sistema de Justiça. O sistema de Justiça é necessário e essencial para o crescimento económico», frisou.

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