O presidente do Governo Regional da Madeira, Alberto João Jardim, classificou hoje o PS-Madeira como «uma autêntica anedota», acusando os socialistas de «sensacionalismos» e de fazerem «queixinhas» ao procurador-geral da República sobre suspeitas de corrupção na Região Autónoma, escreve a Lusa.
«Isto é uma questão que o PS-Madeira levantou mas que vai acabar em processo contra o PS-Madeira», assegurou Jardim à margem de uma sessão plenária do Comité das Regiões da União Europeia, em Bruxelas.
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O Diário de Notícias escreveu segunda-feira que o secretário-geral do PS-Madeira, Jaime Leandro, prepara-se para viajar até Lisboa com o «dossier de casos que indiciam corrupção na Madeira».
Uma «compilação» desses casos será entregue ao procurador-geral da República através de uma audiência com o conselheiro Fernando Pinto Monteiro agendada para quinta-feira, às 15.30.
«Quem tem provas de corrupção deve apresentá-las em tribunal», disse Alberto João Jardim, acrescentando que, neste caso, «também vai sofrer as consequências de ter feito acusações e não as provar».
Segundo o DN, encontram-se referenciados no dossier que será entregue a Lisboa, entre outros, o funcionamento da fundação social-democrata, situações de licenciamentos que levantam dúvidas, a auditoria à Câmara Municipal do Funchal, o processo relativo a uma acção popular contra a construção de um mega-centro comercial e residências na baixa funchalense.
«Isto dá me vontade de rir porque, primeiro, hoje toda a gente sabe que o PS da Madeira é uma autêntica anedota que recorre a estes sensacionalismos», desabafou Alberto João Jardim.
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«Segundo, eu não sei se o procurador-geral da República vai entrar neste jogo partidário de receber os senhores de um partido que vão fazer queixinhas de outro», concluiu.
Entretanto, o presidente do governo regional da Madeira apresentou uma queixa crime contra o director do DN e contra a correspondente no Funchal devido ao título escolhido para a primeira página: «PS-Madeira denuncia Jardim por corrupção».
Alberto João Jardim insurgiu-se contra o facto de o título o mencionar pessoalmente sem que isso tenha uma correspondência no artigo escrito numa página interior do DN.
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