«No dia 26 de Março não elegemos apenas o próximo líder do PSD, mas o próximo primeiro-ministro de Portugal», afirmou José Pedro Aguiar-Branco no XXXII Congresso Nacional do PSD.
O candidato à liderança começou por dizer que, «ser líder da oposição em Portugal é um dos cargos mais difíceis que podemos desempenhar. Significa firmeza, determinação, suportar as pressões e chantagens de quem governa».
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E diz que o candidato à liderança que for eleito «mais do que a honra e a vaidade política, terá a responsabilidade de devolver esperança aos portugueses».
«Podíamos pensar que é o melhor orador. O PSD tem centenas de bons oradores, os melhores tribunos do país. Podíamos pensar que é o melhor técnico. O PSD tem os melhores especialistas. Se as próximas eleições fossem um concurso de retórica ou de especialistas ganharíamos com eles. Mas ter apenas retórica ou bons técnicos não basta para ganhar eleições», afirmou.
O candidato à liderança considerou que «o que faz mobilizar o partido e o país é a capacidade de, no momento certo, se unir numa mesma sala em torno dum único objectivo concreto, Portugal».
«É isso que precisamos agora: quando sairmos por aquela porta sermos um único partido. Isso não é romper nem mudar, é unir com a força de todos».
«Eu sei o que quero para o nosso partido e para o nosso país, diz Aguiar-Branco, referindo que aderiu ao partido em 1974. «Aderi a este partido porque tinha uma liderança certa com Sá Carneiro e um rumo claro. Não quero perder isto», disse ainda.
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Em jeito de balanço, à semelhança do que já tinha feito Ferreira Leite, o líder parlamentar laranja diz que o PSD «tinha razão quando denunciou o caos das contas públicas, as pressões na comunicação social».
«O obstáculo ao desenvolvimento do país tem um nome: chama-se PS, chama-se José Sócrates», afirmou Aguiar-Branco, criticando a política económica do Governo. «Há milhares de portugueses que não sabem se amanhã vão ter emprego. Não podemos dizer-lhes que se a empresa fechar, sempre podem ir de TGV a Madrid», afirmou.
O social-democrata afirmou ainda que a «Geração Erasmus», culta e instruída, «está a ser perdida para a emigração ou desperdiçada em trabalhos para os quais não estudou».
Aguiar Branco quer debate interno sobre a Regionalização
Aguiar-Branco adiantou que caso seja eleito irá propor um referendo interno no partido sobre a regionalização «sem medo dos resultados e sem vergonha das palavras, porque um partido reformador não adia decisões para quando dá jeito».
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