O líder do PSD quer introduzir os valores da «sustentabilidade e ética» na acção política e apontou a reforma do Estado e do mercado como as prioridades a consagrar no programa do partido.
«O PSD hoje deve ser o partido que, como valor, não pode deixar de lutar pela reforma do Estado e do mercado e como o partido que abre o país não apenas à lusofonia mas também ao mundo», afirmou Pedro Passos Coelho.
O líder do PSD frisou que «na área do mercado interno ainda hoje há instituições privadas com rendas públicas pagas pelos contribuintes», defendendo que é preciso «actuar sobre as regras institucionais que regem os mercados».
Passos Coelho afirmou esperar que da revisão do Programa do partido «possa sair um novo programa eleitoral» para que «quando vierem as eleições os portugueses possam escolher uma alternativa».
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«Estou convencido que se este processo for concluído com êxito, o PSD voltará a ser muito útil a Portugal e mais cedo do que muitos desejariam mas se calhar não tão cedo quanto muitos acham que eram indispensável», disse.
Estado quis tomar conta» de demasiadas coisas
Quanto à reforma do Estado, Pedro Passos Coelho considerou que «apesar dos PRACES ¿ programa do Governo PS para a reforma administrativa ¿ o Estado quis tomar conta» de demasiadas coisas o que retira possibilidades para apoiar «os mais desfavorecidos e os mais pobres».
Pedro Passos Coelho referiu que quase todos os anteriores líderes do PSD, desde Marques Mendes, a Manuela Ferreira Leite a «até Luís Filipe Menezes» alertaram para a «insustentabilidade» financeira de alguns tipos de investimento público e propôs que a «sustentabilidade ambiental, económica e financeira» das políticas passe a ser «um valor» a consagrar no Programa do partido.
«Se tivesse de escolher um termo que simbolizasse os próximos anos seria a sustentabilidade e a ética. Porque foi onde mais falhámos nos últimos 15 anos», disse.
«Se o exercício da política resultar na luta do poder pelo poder, com facilidade e prometendo o que todos gostariam de ouvir, esse exercício pode durar uns anos mas paga-se caro durante muitos mais, não tem ética nem sustentabilidade», disse, afirmando que é por essa razão que se «põe em causa hoje as políticas públicas e os políticos que as construíram».
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