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Passos Coelho recusa «arranjinho de Governo»

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Líder do PSD referia-se à proposta avançada por Paulo Portas de uma coligação PS/PSD/CDS-PP

O presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, recusou, esta quinta-feira, «um arranjinho de Governo no actual quadro parlamentar» proposto pelo presidente do CDS-PP, Paulo Portas, e defendeu que «o problema não é o actual primeiro-ministro».

No debate do «Estado da Nação», no Parlamento, Paulo Portas desafiou José Sócrates a demitir-se para que os socialistas pudessem escolher outro primeiro-ministro, «alguém moderado, credível e com os pés assentes na terra», que chefiasse um Governo de coligação entre o PS, o PSD e o CDS-PP.

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Em entrevista à SIC-Notícias, questionado sobre esta proposta do presidente do CDS-PP, Pedro Passos Coelho respondeu: «Parece-me que o país precisa, de facto, de uma alternativa, mas não precisa de um arranjinho de Governo no actual quadro parlamentar».

Em discordância com Paulo Portas, o presidente do PSD acrescentou: «O nosso problema não é o actual primeiro-ministro», mas sim «causas profundas na nossa economia e na nossa sociedade, que precisam de um projecto novo». «Para mudarmos de opção política, não faz sentido ter o PS no governo, portanto, não faz sentido coligar-me com o PS no Governo», argumentou, considerando inviável a proposta feita por Paulo Portas.

Passos Coelho acentuou a ideia de que não está «disponível para levar o PSD para o Governo a não ser que haja novas eleições». «Não estamos cheios de pressa para ir para o Governo. Se houver uma crise política no país, estamos preparados para ir para o Governo, mas se os portugueses quiserem», reforçou.

Sobre o momento dessas eleições, nada adiantou. Referiu-se a «quando os portugueses precisarem de umas eleições para fazerem uma nova escolha de Governo», considerou que o actual Executivo não pode «oferecer ao país uma reforma de médio longo prazo para Portugal» e disse esperar «que o país possa, em devido tempo, perceber as ilações do que nos conduziu a esta situação» e «escolher um caminho diferente».

Para ilustrar que o PSD não está à procura de uma crise política, Passos Coelho apontou o acordo feito com o Governo sobre medidas para reduzir o défice: «Se nós não tivéssemos tomado esta posição na altura que o fizemos, o Governo iria cair, provavelmente».

Quanto ao Orçamento do Estado para 2011, reiterou que o PSD não aceita cortes nas deduções fiscais, e avisou: «Se o Governo quer não ficar perante os portugueses e o exterior na posição de ter um orçamento chumbado, eu penso que deve procurar consenso no Parlamento para o fazer passar. Eu estou a dizer com muita antecedência».

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