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UE/Rússia: Cimeira deverá «empurrar» relação

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Mas encontro irá também confirmar as várias divergências entre as duas partes

A cimeira UE/Rússia, sexta-feira, em Mafra (Lisboa), deverá confirmar as várias divergências entre as duas partes, mas poderá terminar com uma declaração de «vontade política» de prosseguir a aproximação estratégica de europeus e russos.

Esta é a opinião de dois altos-responsáveis político-diplomáticos, um russo e um europeu, ouvidos pela Agência Lusa, em Moscovo.

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Apesar do provável aparato da delegação russa, liderada pelo presidente da Rússia, Vladimir Putin, e do peso político da delegação da UE, dirigida pelo actual presidente do Conselho de líderes dos 27, José Sócrates, a cimeira de Mafra não deverá terminar com a assinatura de quaisquer acordos concretos.

No melhor dos casos, segundo os responsáveis europeu e russo, espera-se a assinatura de uma declaração sobre a cooperação futura entre o bloco europeu dos 27 e o seu maior vizinho, a Rússia.

«Não vale a pena esperar a assinatura de novos tratados. Na cimeira, serão analisados, antes de tudo, os resultados do trabalho até agora realizado para avaliar o futuro¿», reconheceu à Lusa Marc Franco, representante da Comissão Europeia, em Moscovo.

Marc Franco admitiu que, da cimeira de Mafra, poderá também resultar «um impulso político aos participantes nas conversações» (euro-russas), que prosseguirão o trabalho com vista ao estabelecimento de uma nova parceria estratégica reforçada e alargada entre a UE e a Rússia.

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O presidente russo estará acompanhado em Mafra, entre outros, por Serguei Lavrov, ministro dos Negócios Estrangeiros, por Serguei Iastrmjembski, assessor do Kremlin para as relações com a União Europeia, e por Andrei Fursenko, ministro da Educação e da Ciência da Rússia.

O Kremlin espera em Mafra um diálogo construtivo e considera que «Portugal tudo fez» para que isso aconteça, declarou hoje, em conferência de imprensa, Serguei Iastrjembski, assessor presidencial para relações com a UE. «Esperamos um diálogo construtivo. Portugal faz todos os possíveis para que as relações se desenvolvam de forma construtiva», afirmou o assessor de Vladimir Putin.

Iastrjembski acrescentou que Moscovo não pode deixar de estar preocupado com a ausência de progressos no início das conversações sobre o novo acordo básico entre a Rússia e a União Europeia.

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