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Nova polémica obriga Parlamento a regular «Twitter»

Assembleia dos Açores vai reavaliar acesso aos novos meios de comunicação dentro do Plenário após troca de acusações

O «Twitter», rede social na Internet em que são inseridas pequenas observações, voltou a causar polémica entre os deputados açorianos. A Assembleia Legislativa regional vai reavaliar na próxima conferência de líderes o acesso a novos meios de comunicação dentro do plenário, para evitar polémicas entre deputados, como as que aconteceram esta semana por causa da utilização do «Twitter», informa a «Lusa».

A decisão foi tomada pelo presidente do parlamento açoriano, Francisco Coelho, depois de um incidente, na quinta-feira ao final do dia, envolvendo troca de acusações entre os líderes das bancadas do PS e do PSD por causa de comentários feitos na Internet.

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O líder parlamentar do PS, Hélder Silva, acusou o homólogo do PSD, António Marinho, de tentar agredir o deputado socialista Alexandre Pascoal, durante um intervalo dos trabalhos, por ter escrito comentários sobre António Marinho no «Twitter».

«O senhor teve uma atitude reprovável, que nós não aceitamos. Não lhe admito que entre por este grupo parlamentar e que atente fisicamente contra um deputado desta bancada», advertiu Hélder Silva.

Novas tecnologias geram polémica

O parlamentar socialista recomendou a António Marinho que tomasse «um calmante», lembrando que durante todo o dia «não faltaram comentários» contra o próprio partido em blogues e no «Twitter», sem que tivesse reagido.

Em resposta, o líder da bancada do PSD negou que tivesse tentado agredir Alexandre Pascoal, afirmando que apenas foi exigir explicações ao parlamentar socialista por entender que os deputados estão «a ser pagos para discutir os assuntos cara a cara, e não para brincar» com o que se passa na Assembleia.

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«Dizer que o António Marinho insultou o líder do PS, é algo que se aceita aqui dentro, mas na Internet não admito que use o meu nome», afirmou o líder parlamentar do PSD, desafiando António Pascoal a ter «coragem de dizer as coisas na cara», em vez de se «esconder» atrás do teclado.

Regular para preservar o civismo

Francisco Coelho considera que os «problemas» que as novas tecnologias levantam ao trabalho parlamentar devem ser discutidos «democraticamente» na próxima conferência de líderes parlamentares, no sentido de preservar o «civismo» e o relacionamento pessoal entre os deputados.

«Temos que arranjar, não digo um manual, mas um conjunto de boas práticas políticas e de relacionamento com os outros, que envolvam os deputados, mas também todos aqueles que circulam nesta casa», afirmou.

O parlamentar socialista recomendou a António Marinho que tomasse «um calmante», lembrando que durante todo o dia «não faltaram comentários» contra o seu partido em blogues e no «Twitter», sem que tivesse reagido.

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Em resposta, o líder da bancada do PSD negou que tivesse tentado agredir Alexandre Pascoal, afirmando que apenas foi exigir explicações ao parlamentar socialista por entender que os deputados estão «a ser pagos para discutir os assuntos cara a cara, e não para brincar» com o que se passa na Assembleia.

Na terça-feira já tinha ocorrido outro incidente, dessa vez quando os comentários do deputado António Pascoal no «Twitter» sobre uma intervenção do líder da bancada do CDS/PP, deixaram Artur Lima furioso, ao ponto de acusar o parlamentar socialista de «ignorância» e «falta de coragem».

O presidente do Parlamento regional não quer que este tipo de episódios se repitam em Setembro, altura em que está decorre a próxima sessão plenária, depois das férias de Verão.

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