O eurodeputado do PCP João Ferreira criticou este domingo a reintrodução do controlo das fronteiras por parte da Alemanha e da República Checa, considerando que “desmascara a hipocrisia” da União Europeia face à crise dos refugiados.
“Esta decisão vem, em primeiro lugar, desmascarar a hipocrisia do discurso sobre uma suposta resposta humanitária da União Europeia à crise dos refugiados”, afirmou o eurodeputado comunista, acrescentando que “esta decisão deixa a nu a verdadeira natureza dessa resposta, a natureza desumana dessa resposta, a verdadeira natureza da União Europeia”.
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Na opinião do comunista, esta decisão mostra que ”um após outro, todos aqueles que foram proclamados como os grandes princípios da União Europeia vão caindo por terra”.
“Esta não é a Europa da livre circulação de pessoas, sempre foi e é a Europa da livre circulação de mercadorias e capitais, subordinando tudo o resto ao interesse das grandes potências”, declarou.
João Ferreira reiterou a posição do PCP sobre a crise dos refugiados, afirmando que “de acordo com as condições e as possibilidades, devem ser criadas condições para colher refugiados”.
O ministro do Interior da Alemanha, Thomas de Maizière, anunciou que o país reintroduziu provisoriamente os controlos das fronteiras, para "conter o afluxo de refugiados chegados à Alemanha".
Thomas de Maizière salientou que a Alemanha não está disposta a aceitar que os refugiados que chegam à Europa possam escolher o país de acolhimento, no seguimento de um afluxo sem precedentes de migrantes, que têm chegado à Europa aos milhares e que na generalidade têm a Alemanha como destino final.
Os requerentes de asilo devem compreender “que não podem escolher os países onde procurar proteção”, disse o ministro aos jornalistas.
Pouco depois, também a República Checa anunciou o aumento do controlo da fronteira com a Áustria.
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