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Menezes: «Saúde caiu num atoleiro»

Leia a reacção dos partidos à remodelação governamental

O líder do PSD disse que as alterações no Governo, conhecidas esta terça-feira, traduzem «um conjunto de sinais preocupantes». Especialmente visada foi a saída de Correia de Campos da pasta da Saúde, área de governação que Luís Filipe Menezes diz ter caído «num atoleiro». Sobre a anterior ministra da Cultura, o social-democrata disse que «ninguém dava pela sua existência». A única exigência feita a Sócrates foi a da realização de um debate para avaliar os seus três anos de governação.

Para Menezes um dos «sinais preocupantes» do actual Executivo prende-se como o facto de a mudança na Saúde ter acontecido numa altura em que era garantido que não aconteceria. «Há poucos dias atrás, quer o senhor ministro da Saúde, quer o senhor primeiro-ministro, defendiam a política actual deste ministro da Saúde, que agora saiu, e diziam, que ele não seria substituído», recordou.

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«O reconhecimento nacional de que a política de Saúde caiu num atoleiro e está completamente desgovernada fez que com que este ministro tivesse que sair», sublinhou o líder social-democrata, apontando que na Cultura, a substituição traduz a «omissão de uma política também importante». «Ninguém dava pela existência da política que agora foi substituída», disse, referindo-se a Isabel Pires de Lima.

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O líder do PSD questionou ainda a capacidade do Governo socialista se regenerar. «Ficamos também a perceber que existem muitas outras áreas com ministros desgastados que o primeiro-ministro não pode encontrar solução para dar resposta», apontou.

E argumentou: «Isso depreende-se do próprio perfil das personalidades escolhidas para os novos cargos e nomeadamente para o Ministério da Saúde. São personalidades respeitáveis do ponto de vista pessoal e traduzem que o actual Governo já não tem opções de escolha, que já não consegue encontrar nos quadros mais relevantes do país a confiança e a adesão para os mobilizar para a governação».

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Com o Governo de José Sócrates a cumprir três anos em Março, Menezes lançou um desafio. «Peço ao senhor engenheiro José Sócrates que a bem do aprofundamento de uma democracia adulta aceite um debate com o líder da oposição sobre os resultados dos três anos de governação», apresentou assim o repto, deixando o formato à escolha do primeiro-ministro. «Num canal de televisão, em todos os canais de televisão, da forma que entender, organizado por vários órgãos de comunicação social, mas que aceite debater comigo o resultado destes três anos de mandato».

«Remodelação sabe a pouco»

À saída da sessão solene de abertura do ano judicial, Nuno Melo, deputado do CDS-PP, afirmou aos jornalistas que «esta remodelação representa pouco»; uma opinião partilhada pelo parlamentar Guilherme Silva que considera a saída de Correia de Campos e Isabel Pires de Lima como uma «mudança pouco profunda». Para o antigo líder da bancada social-democrata, «a remodelação vem tarde e sabe a pouco».

Já Alberto Martins, líder do grupo parlamentar socialista, foi parco em palavras, saíndo rapidamente do Supremo Tribunal de Justiça: «Esta é uma decisão do Governo. E nós apoiamos o Governo».

O PCP recusou-se a comentar a remodelação e o Bloco de Esquerda optou por alertar que não basta «mudar a pessoa é preciso saber se a política seguida pelo Executivo é para manter».

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