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Sindicato dos Jornalistas quer ser assistente no processo da «Sábado»

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Em causa está a apropriação de gravadores de jornalistas por parte do deputado do PS Ricardo Rodrigues

O Sindicato dos Jornalistas quer constituir-se como assistente no processo resultante da queixa apresentada pelos jornalistas da revista «Sábado» contra o deputado Ricardo Rodrigues por este ter-se apropriado de gravadores que continham a sua entrevista, noticia a Lusa.

A decisão deve-se à convicção do Sindicato de que o deputado irá responder criminalmente por atentado à liberdade de imprensa.

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«Tendo o Sindicato dos Jornalistas atribuições de defesa da liberdade de imprensa, designadamente no âmbito da garantia de acesso à informação e no direito de a divulgar, a direcção pediu (...) a constituição do Sindicato como assistente no processo», refere o organismo em comunicado divulgado esta quinta-feira.

A direcção do sindicato refere ainda que «tendo avaliado as informações disponíveis sobre os factos revelados ontem quanto à conduta do deputado Ricardo Rodrigues», concluiu que «o senhor deputado poderá responder criminalmente por atentado à liberdade de informação».

Queixas

A «Sábado» divulgou quarta-feira um vídeo no qual se vê o deputado Ricardo Rodrigues a apoderar-se dos gravadores de dois jornalistas da revista durante uma entrevista e na sequência de perguntas de que não gostou.

Confrontado com perguntas sobre as suas ligações a um antigo processo de burla nos Açores e a casos de pedofilia, o deputado levantou-se, enfiou os dois gravadores dos jornalistas nos bolsos das calças e saiu da sala, mas esqueceu-se que a entrevista estava a ser filmada.

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O deputado socialista explicou a decisão com a «pressão exercida» que «constituiu uma violência psicológica insuportável».

Ricardo Rodrigues ainda apresentou uma providência cautelar para impedir a revista de divulgar o filme e a história mas o tribunal não notificou a «Sábado».

A «Sábado» apresentou entretanto, uma queixa no DIAP por furto e atentado à liberdade de imprensa.

O Sindicato dos Jornalistas reiterou ainda a condenação do ato levado a cabo por Ricardo Rodrigues, sublinhando que o deputado tem a «indeclinável obrigação de saber que os gravadores em causa podem conter gravações cuja confidencialidade deve ser protegida e que nem mesmo o Tribunal Cível de Lisboa pode aceder ao seu conteúdo sem decisão judicial».

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