O vice-presidente do PSD Maló de Abreu acusou hoje Luís Montenegro de tentar um "assalto ao poder" no partido e de fazer "politiquice" a três meses das eleições Europeias.
Rui Rio candidatou-se com uma estratégia, com um caminho, que tem sido seguido e, portanto, parece-me absolutamente descabido, desnecessário e altamente prejudicial para o partido o que se está a passar neste momento", disse Maló de Abreu, à entrada para o Conselho Estratégico do partido, em Coimbra.
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Na sexta-feira, o antigo líder parlamentar do PSD Luís Montenegro anunciou que está disponível para ser "de imediato" candidato à liderança do partido, desafiando Rui Rio a marcar eleições diretas já e a apresentar a sua própria candidatura.
Para Maló de Abreu, parece "óbvio que é uma situação de assalto ao poder e de medo, receio de perder posições e, sobretudo, lugares", que deve merecer uma resposta "enérgica e com força".
Trata-se de politiquice quando estamos a pensar no país, em Portugal e numa alternativa séria", sublinhou o vice-presidente social-democrata, criticando que se faça "politiquice" a três meses de apresentação de listas para as eleições europeias.
Num ano "tão difícil", com eleições regionais e legislativas, Maló de Abreu defendeu que era da "maior responsabilidade o partido estar unido" e aconselhou todos os "atores" do partido "a meterem a mão na consciência" e assumirem as suas responsabilidades.
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O presidente da distrital do PSD de Vila Real, Fernando Queiroga, classificou hoje como “descabido e inoportuno” o desafio para eleições diretas lançado por Luís Montenegro a Rui Rio.
Fernando Queiroga, também presidente da Câmara de Boticas, afirmou à agência Lusa que o líder do PSD, Rui Rio, ainda "não foi a eleições" e, portanto, “não há razão nenhuma para dizer que não consegue” e frisou que o partido “não se rege por sondagens".
O autarca salientou que “quem legitimamente foi eleito tem o poder de governar” e frisou que o desafio para eleições por parte de Luís Montenegro é “descabido e inoportuno”.
Na sexta-feira, Montenegro manifestou disponibilidade para se candidatar à liderança do PSD e desafiou Rui Rio a convocar eleições diretas antecipadas de imediato.
Este é um partido político, não é um partido de interesses nem é um partido de grupos. É um partido político nacional, que não anda gerido por interesses particulares de certos grupos”, afirmou Fernando Queiroga.
Rui Rio completa no domingo um ano como presidente do PSD.
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