A Comissão de Trabalhadores da RTP considerou esta quinta-feira que a demissão de Miguel Relvas do cargo de ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, que tutelava os media, «só peca por tardia», desejando que a administração siga o mesmo caminho.
Miguel Relvas abandona Governo
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Em comunicado, o órgão que representa os trabalhadores da RTP diz que a demissão, hoje apresentada, «terá certamente consequências para o Governo», sobre o qual a CT adianta não querer pronunciar-se.
«Emitimos o nosso voto de que o ministro demissionário leve consigo o Conselho de Administração» liderado por Alberto da Ponte, que «foi colocado onde está pelo ministro mais desacreditado de um Governo desacreditado», refere a Comissão de Trabalhadores (CT).
A Lusa tentou obter um comentário da RTP e da SIC sobre a demissão do ministro, mas fontes oficiais afirmaram que os responsáveis das empresas não irão fazer comentários acerca do assunto.
Miguel Relvas afirmou hoje ter decidido demitir-se de ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares há semanas, em conjunto com o primeiro-ministro, e justificou a decisão com falta de «condições anímicas» para continuar no Governo.
«Saio por vontade própria. É uma decisão tomada há várias semanas conjuntamente com o senhor primeiro-ministro. E saio, apenas e só, por entender que já não tenho condições anímicas para continuar», declarou Miguel Relvas, na Presidência do Conselho de Ministros, em Lisboa.
Veja a declaração de Miguel Relvas
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