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«Não é com fusões que os problemas se resolvem»

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Ministro da Administração Interna reage ao programa eleitoral do PSD

O ministro da Administração Interna defende que o actual sistema de segurança tem dado provas, afirmando que «não é com grandes modificações orgânicas» que se resolvem os problemas, mas sim com racionalização de meios.

Rui Pereira falava aos jornalistas à margem do colóquio «Novos Horizontes para a Segurança em Portugal», que decorre em Lisboa, onde realçou que o futuro da segurança em Portugal passa por várias apostas como o policiamento de proximidade ou a cooperação entre as várias forças.

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«Em geral, não é com grandes modificações orgânicas» que se resolvem os problemas, mas sim com «racionalização de meios», defendeu Rui Pereira, que respondia assim ao pedido dos jornalistas para comentar as propostas do programa do PSD para a área da administração interna.

Ressalvando ainda não ter lido o programa apresentado pelos sociais-democratas no domingo, Rui Pereira insistiu: «Não é com extinções, fusões ou criações que os problemas se resolvem».

O PSD quer a integração da Protecção Civil no Ministério da Defesa e centralizar a aquisição de equipamento para as Forças Armadas e GNR para reduzir custos, defendendo um «conceito alargado e abrangente de Segurança Nacional».

Segundo o programa eleitoral do PSD, a Segurança Nacional deve «incluir as funções de Defesa Nacional, Defesa Militar, Protecção Civil e de Emergência, Segurança Interna e Informações da República e Sistema de Justiça, enquanto sistemas funcionais articulados e coordenados, de forma a aproveitar a sua polivalência e complementaridade na acção».

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Sargentos preocupados

Já a Associação Nacional de Sargentos (ANS) manifestou-se reticente e preocupada relativamente ao conceito «alargado e abrangente» de Segurança Nacional proposto pelo PSD no seu programa eleitoral, mas ficou agradada com a intenção de reestruturação das Forças Armadas.

«Relativamente à mistura de conceitos de Segurança Interna e Defesa Nacional isso já nos suscita maior reticência e carece de explicação mais profunda. Quando se mistura Segurança Interna e Defesa Nacional rapidamente se cai num Estado securitário ou num Estado de democracia musculada, o que obviamente tem factores de preocupação», afirmou à agência Lusa o presidente da ANS, Lima Coelho.

O responsável considerou ainda que «há diversas referências objectivas» no programa eleitoral dos sociais-democratas em relação a uma fusão entre o Ministério da Administração Interna e o Ministério da Defesa Nacional, uma intenção que «carece de explicação e discussão», não sendo «taxativamente» rejeitada pela ANS.

Quanto à integração da Protecção Civil no Ministério da Defesa, o presidente da ANS diz que é necessário perceber a «abrangência, o alcance e as dependências», mas sublinha também que a intenção «não parece errada».

A Associação Nacional de Sargentos manifesta-se, por outro lado, agradada com a intenção dos sociais-democratas de procederem a uma «reestruturação, contenção de meios e de despesas» nas Forças Armadas.

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