O primeiro-ministro garante que as medidas do Governo «não puseram em causa a qualidade e o volume do serviço prestado» no Serviço Nacional de Saúde. Questionado pelos deputados da oposição sobre a situação nas urgências, Passos Coelho afirmou que «infelizmente» não foi possível «evitar as consequências» de uma grande afluência no fim do ano.
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«consequências das políticas cegas de austeridade» no SNS«As nossas políticas, em conjunto com os profissionais de saúde, apesar das restrições, não puseram em causa a qualidade e o volume do serviço prestado. Planeámos tudo o que podíamos para evitar as consequências no fim do ano, mas isso infelizmente não aconteceu».
Há gente a morrer nas urgências deste país«Tivemos de pagar as dívidas que os senhores deixaram no SNS. O SNS tinha 3.5 mil milhões de euros em dívidas e vários fornecedores tinham ameaçado deixar de fornecer o SNS. Conseguimos não apenas pagar parte substancial dessas dívidas, como concretizar a capitalização de alguns hospitais».
Mais tarde, durante o debate, o PCP insistiu nesta questão através da intervenção de Jerónimo de Sousa, que destacou os «muitos problemas» que se têm acentuado nos últimos tempos nos cuidados de saúde, com «desenvolvimentos inaceitáveis e preocupantes».
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«Estamos todos de acordo em não explorar politicamente a desgraça, mas calar o drama é bem pior. Não estamos perante uma situação pontual. Começa a ser recorrente, infelizmente», disse o secretário-geral do PCP.
Antes, durante o mesmo debate quinzenal, Passos Coelho prometeu que os futuros compradores da TAP estão obrigados a respeitar os acordos de empresa, rejeitando o cenário de despedimentos. O primeiro-ministro admitiu também suscitar a revisão do acordo com os Estados Unidos devido à redução da presença militar na Base das Lajes. Confrontado, pelo Bloco de Esquerda, com a hipótese de travar a venda da PT à Altice, Passos Coelho rejeitou por completo este cenário. Durante a intervenção do PS, o primeiro-ministro foi acusado de estar «isolado», mas assegurou que não se preocupa com isso, «desde que seja para defender o interesse nacional».
O debate terminou com uma série de votações, das quais se destaca o chumbo da reposição dos feriados.
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