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Seg. Social: mandar 700 para requalificação é «gravíssimo»

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PS argumenta que isso «claramente» põe em causa a Segurança Social e a administração pública, sendo que, nos últimos três anos, sofreu já um corte de 2 mil funcionários

Para o PS, a decisão do Governo de enviar para requalificação «quase 700» funcionários da Segurança Social é «gravíssima». Os socialistas exigem, por isso, explicações do ministro Pedro Mota Soares sobre quais os estudos estiveram na origem desta medida.

«Estamos perante uma decisão gravíssima que confirma o envio para a requalificação de quase 700 trabalhadores e que põe claramente em causa a Segurança Social e a administração pública. Tudo isto acontece depois de a Segurança Social, nos últimos três anos, ter assistido a um corte de dois mil funcionários, o que corresponde a menos 18 por cento», disse, no Parlamento, a vice-presidente da bancada socialista Sónia Fertuzinhos.

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A deputada defendeu, segundo a Lusa, que a redução de funcionários da Segurança Social degradará a qualidade dos serviços prestados aos cidadãos e em que advogou que grande parte do impacto da medida será já suportada pelo Governo que sair das eleições legislativas de 2015.

Sónia Fertuzinhos colocou depois a Pedro Mota Soares uma série de questões sobre as consequências da sua decisão. «O que pensam os portugueses quando recorrem aos serviços da Segurança Social, será que consideram que há funcionários a mais, será que obtêm as respostas em tempo útil, ou será que os portugueses sentem que têm de esperar horas ou dias por uma resposta muitas vezes atrasada relativamente à urgência dos problemas?», perguntou.

Sustentou, ainda, que o total de despesas com pessoal da Segurança Social representa apenas 1,1 por cento. «Como consegue o Governo insistir em mais cortes? Quantos serviços públicos ou privados têm apenas 1,1 por cento do total com despesas com pessoal?», sustentou, aproveitando para pedir uma explicação ao ministro sobre a relação custo benefício «do outsourcing a que o Governo pretende agora recorrer».

«É preciso que diga se vai haver mesmo poupança, ou se não será apenas o Estado e a qualidade dos serviços que sairão prejudicados», disse, antes de referir que os sindicatos, aparentemente, não foram consultados antes da decisão do executivo. «O impacto desta decisão terá de ser gerido por um outro Governo a eleger em 2015». «Está em causa a capacidade da Segurança Social assegurar as funções sociais a que está obrigada», concluiu.

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