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Passos defende um país em que «cada um trata de si»

Acusação vem da parte de António José Seguro

O secretário-geral do PS acusou esta sexta-feira o primeiro-ministro de defender um país em que «cada um trata de si», alertando para que as medidas que constam do relatório do FMI, a serem concretizadas, vão criar «outro país».

«Não são propostaszinhas. São de uma dimensão tal que, a serem aplicadas, configuram um outro país, um país que nós não queremos», afirmou António José Seguro, durante um jantar com centenas de militantes de Ponte de Barca.

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Seguro votou a defender que o PS «não será cúmplice» no corte e 4 mil milhões de euros nas despesas do Estado, reafirmando que o Governo «não tem legitimidade ou mandato» para «fazer o contrário daquilo que prometeu» nas últimas eleições.

«O país do doutor Pedro Passos Coelho é um país com um Estado mínimo, em que cada um trata de si. Nós queremos um país com um Estado forte, eficiente, que combata as desigualdades sociais e que seja solidário com aqueles que mais necessitam», disse ainda.

O líder socialista admitiu contribuir para um processo de «modernização» do Estado, mas rejeitou as medidas que constam do relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI), divulgado quarta-feira.

Admitiu, contudo, que para a saída da crise «não há varinhas mágicas ou soluções fáceis».

«O caminho é estreito, mas há outro caminho. E façam-me justiça. Não o digo agora, digo-o há mais de um ano», sublinhou, referindo-se à necessidade de dar «prioridade ao crescimento e ao emprego», além do «rigor orçamental».

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Uma agenda que, recordou, é hoje defendida «por personalidades da esquerda à direita», parceiros sociais e pelo Presidente da República.

«Se há este consenso, que mobiliza uma grande parte da sociedade portuguesa, a maioria, porque é que o primeiro-ministro continua isolado e insensível à necessidade de mudarmos de caminho?», questionou.

Num tom crítico, Seguro assinalou que em 2012 os portugueses «cumpriram», mas que o Governo «falhou os objetivos», por utilizar a receita «errada», já que a «austeridade faz parte do problema».

«Então, porquê insistir no mesmo caminho?», questionou.

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