O secretário-geral do PS, António José Seguro, admitiu, esta segunda-feira, que, dadas as «circunstâncias» do país «não é desejável» realizar-se neste momento um referendo à regionalização, mas reiterou a defesa das regiões.
«Não considero desejável que neste momento se opere um referendo no nosso país atendendo às circunstâncias que neste momento existem em Portugal», afirmou o líder socialista, durante uma «aula aberta» que deu ao final da tarde no Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas sobre a «Reforma do Poder Local».
PUB
António José Seguro, que respondia a uma pergunta de um aluno, defendeu, contudo, a necessidade de existir uma «fotografia final» do que se quer fazer, para depois desenvolver a solução por fases, «em função das disponibilidades do país, dos seus recursos financeiros, da evolução da sua própria economia».
Antes, o secretário-geral do PS já tinha deixado claro que faz sentido existir um nível regional entre o nível municipal e nacional, sublinhando que tal não implica mais despesa. «Muito pelo contrário, estamos a falar de maior racionalidade», frisou, defendendo que as decisões não têm todas que ser tomadas em Lisboa, pois «há inteligência nacional em todo o país para poder agir em defesa do interesse público».
Durante a sua intervenção inicial, António José Seguro já tinha abordado a questão das regiões, recusando igualmente que tal solução tenha como objetivo «dar origem a clientelas».
PUB