O secretário de Estado dos Transportes criticou esta segunda-feira «o ruído» criado à volta do trabalho de reformulação da rede de transportes nas áreas metropolitanas, apelando ao «sentido de responsabilidade» de todos, noticia a Lusa.
«Acredito muito que se fizermos o que nos propomos fazer, em silêncio, no sentido de não haver ruído para fora, em diálogo dentro dos grupos de trabalho que estão criados, conseguiremos ter um serviço público adequadamente estruturado, sem redundâncias, e que permita servir, adequadamente e ao custo justo, a população», afirmou Sérgio Monteiro aos jornalistas.
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Falando no final de um colóquio sobre mobilidade e transportes, em Gaia, o secretário de Estado garantiu que «não há interferência nenhuma do Governo» no trabalho levado a cabo pelos grupos criados para estudar a reformulação da rede de transportes nas áreas metropolitanas do Porto e Lisboa e que, para já, apenas existem «propostas de operadores públicos e privados, que estão desfasadas umas das outras».
Segundo o governante, o trabalho que está a ser desenvolvido «está desgovernamentalizado» e não segue «nenhum guião inicial (dado pelo Governo)».
«Este é um trabalho de gente que está preocupada em oferecer o mesmo tipo de serviço a custo mais baixo. Não temos nenhuma agenda escondida, deixemos que o grupo de trabalho cumpra a sua missão sem ruído e sem perturbações», disse Sérgio Monteiro.
Na sua intervenção no colóquio, o secretário de Estado referiu que a situação no sector dos transportes «é de emergência» e que «se nada for feito o serviço de transportes públicos deixa de existir».
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Sérgio Monteiro apelou a que «todos assumam a sua responsabilidade» e que «contribuam no seio do grupo de trabalho para a criação de propostas que tenham impacto mínimo na população», mas máximo na redução de custos.
O governante disse ainda que o Governo espera que «no início do próximo ano» algumas das propostas que sairão do grupo de trabalho sejam «já implementadas».
Sérgio Monteiro reafirmou que o objectivo do Governo é «desenvolver um conceito de mobilidade sustentável que nunca porá em causa a mobilidade dos cidadãos».
Em causa estará, disse, «eliminar um conjunto de práticas, quer ao nível da organização interna das empresas, como externa», mas garantindo «um serviço público para as décadas mais próximas».
«Os sonhos e as fantasias trouxeram-nos até aqui e queremos que os cidadãos conheçam a realidade, porque se nada for feito é o serviço público que está em causa», sublinhou, adiantando que a população que vai sofrer com o impacto da greve dos transportes públicos convocada para terça-feira deve «pensar se quer que a situação que vai viver seja uma excepção ou que se repita para sempre».
Segundo Sérgio Monteiro, ao tomar as medidas necessárias, o Governo está a evitar que um dia se transforme na regra e seja apenas uma excepção.
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