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Cavaco: «Ausência de maioria não implica adiamento de medidas»

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Presidente da República assegura que vai cooperar com o Governo

Cavaco Silva deu posse ao novo Governo de José Sócrates. Recordou que também ele sabe o que é governar sem maioria absoluta e prometeu total colaboração para o bem de Portugal.

«Este Governo tem plena legitimidade constitucional para governar. Conquistou-a nas urnas, mas inicia funções numa altura particularmente sensível. Sei que nos encontramos perante uma situação económica e social preocupante, com dois problemas que merecem particular atenção, o desemprego e endividamento externo», frisou, abordando a necessidade de não deixar fugir o ritmo europeu.

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Trata-se, na perspectiva do Presidente da República, de um «quadro político complexo, mas não inédito». «Já tivemos por diversas vezes Governos minoritários. Sei, por experiência própria, que o diálogo e a concertação ganham relevância acrescida nestas situações, pelo que é necessário encontrar compromissos com outras forças políticas e estar atento aos problemas sociais», vincou, deixando clara uma ideia: «A cultura de negociação deve corresponder à cultura de responsabilidade».

«Nos tempos difíceis exige-se uma política social activa e um esforço no apoio aos cidadãos mais expostos e às camadas mais vulneráveis. Com este desemprego os portugueses compreendiam mal se os agentes não concentrassem nos problemas concretos das pessoas», abordou, deixando, então, um aviso: «A ausência de maioria não implica adiamento das medidas. Para qualquer governo o horizonte de acção deve ser sempre a legislatura».

«Darei o meu contributo»

«Este governo pode contar com a cooperação do Presidente da República», assegura Cavaco Silva, dizendo que será «referencial de estabilidade», até porque o seu compromisso é ser «Presidente do Portugal inteiro».

Ciente de que o país tem de «concretizar a recuperação económica», não deixa de frisar a importância da estabilidade. «É difícil a tarefa do Governo. Além de procurar entendimentos e vencer adversidades, também tem de enfrentar problemas socais e económicos complexos. Mais do que reformas, o país precisa de um rumo para o futuro, que estimule a confiança. Algo que está muito para além de querelas partidárias e, neste domínio, pode contar com o empenho do Presidente da República. Darei o meu contributo para que os portugueses acreditem em si próprios.»

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