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«Se vasculharem, arranjam mais manchetes»

Sócrates diz que notícia sobre projectos «é um ataque pessoal e político»

Antes da tomada de posse dos novos Secretários de Estado, José Sócrates fez uma declaração qualificando como «um ataque pessoal e político» a «pretensa notícia» do jornal Público de que assinou projectos que não eram seus durante a década de 80.

Governo: mais mexidas

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Primeiro foram os ministros

«Quero fazer uma breve declaração para considerar absolutamente deplorável a notícia do Público, que me diz respeito. É uma pretensa notícia. É basicamente um ataque pessoal e político», afirmou. O primeiro-ministro queixa-se de perseguição por parte do jornal. «Se vasculharem a decada de 60 ou 70, arranjam para mais duas ou três manchetes», disse ainda.

O Público noticia esta sexta-feira que José Sócrates assinou entre 1980 e 1990 dezenas de projectos de arquitectura e engenharia de que não era autor, depois aprovados pela Câmara da Guarda.

«Todos os projectos que assinei durante a década de 80 são da minha autoria e da minha responsabilidade», afirmou aos jornalistas no Palácio de Belém.

«Lamento esta forma de fazer jornalismo que não sei se é jornalismo se é política. E lamento-a porque se transformou apenas num exercício de ataque pessoal e político», disse.

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Para José Sócrates, o Público quis «atirar lama» para o seu «passado profissional» de que, diz, nada tem de se envergonhar. Depois de «ter questionado» a licenciatura em engenharia, recordou, o jornal dirigido por José Manuel Fernandes «faz agora um exercício de vasculhar» a sua «vida profissional nos anos 80».

«Espero que o Publico não se esqueça também de vasculhar as décadas de 60 e 70 pois aí encontrará certamente motivos, a avaliar pelos critérios em voga, para fazer mais uma ou duas manchetes contra mim», ironizou o primeiro-ministro.

Depois, o Presidente da República empossou sete secretários de Estado dos ministérios da Agricultura, Administração Interna, Saúde, Finanças e da Cultura, três dias após a remodelação que ditou a saída dos ministros da Saúde e da Cultura.

A cerimónia decorreu pouco depois das 12:00, na presença de Cavaco Silva, e do primeiro-ministro, José Sócrates, no Palácio de Belém, em Lisboa e durou cerca de cinco minutos.

Novo secretário de Estado da Administração Interna promete não regatear esforços

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O novo secretário de Estado da Administração Interna, Rui Sá Gomes, disse que não vai regatear qualquer esforço no desempenho das suas actuais funções, tal como fez na Direcção-Geral dos Serviços Prisionais, serviço que dirigiu.

«Vou traçar os meus objectivos e não regatearei qualquer esforço», disse à Agência Lusa Rui Sá Gomes, adiantando que irá prosseguir o «trabalho que está a ser feito no Ministério da Administração Interna».

Escusando-se a adiantar quaisquer ideias, o novo secretário de Estado acrescentou que vai reunir-se esta tarde com o ministro da Administração Interna, Rui Pereira, e com os restantes secretários de Estado.

Sobre o cargo de director-geral dos Serviços Prisionais, que ocupou desde Agosto de 2006 até agora, Rui Sá Gomes disse que foi «um ano de muito trabalho, mas com sucesso».

O ex-director-geral realçou alguns «factos que demonstram o bom trabalho» realizado, salientando o aumento do número de presos a trabalhar, horas de formação dos mesmos e acções de formação destinadas aos funcionários e guardas prisionais.

Rui Sá Gomes referiu, também, que foram renovadas instalações de estabelecimentos prisionais, salientando que «já não existe balde higiénico em nenhuma prisão regional».

Sobre a transferência para o Ministério da Administração Interna, o secretário de Estado limitou-se a dizer que aceitou um convite.

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