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Opinião: «Manuel Alegre não tem campanha»

Marcelo Rebelo de Sousa comenta actualidade política e nacional na TVI

Marcelo Rebelo de Sousa comentou este domingo no habitual comentário semanal na TVI as sondagens TVI/Intercampus reveladas no Jornal Nacional. O comentador da TVI defendeu que «Manuel Alegre não tem campanha» e que está sozinho. Já sobre uma eventual remodelação governamental, Marcelo sustentou que Teixeira dos Santos deve sair, uma vez que está «estoirado».

«Cavaco Silva sobe e sobe muito. Manuel Alegre desce e desce muito. Manuel Alegre não tem campanha. Manuel Alegre está a fazer campanha sozinho. O PS não existe praticamente na campanha dele. O Bloco de Esquerda existir ou não também não tem adiantado muito. E Manuel Alegre faz acções pontuais com repercussão pública, mas que são esmagadas pelo Orçamento, pelo debate da crise económica, pela cimeira da NATO», disse.

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Referindo aos 50 dias úteis que faltam de campanha, Marcelo considerou que este «é talvez o mais curto período pré-eleitoral e eleitoral». Para o comentador da TVI, Cavaco Silva sobe devido ao agravamento da crise. «Tudo isso apela à segurança, à estabilidade, a um referencial a que as pessoas se agarrem, Cavaco Silva», disse.

Em relação às legislativas, defendeu que PSD e CDS já tinham maioria absoluta. À esquerda, Marcelo considera que existe um «fenómeno curioso». «PC e Bloco de esquerda somados têm 20 %, que é quase tanto como o PS. Se anotarmos que há no PS uma ala esquerda, quer dizer que a crise está a reforçar esquerda da esquerda para enfraquecer a esquerda moderada. Dito por outras palavras, se isto fosse em Maio ou em Junho, daria governo centro-direita com maioria absoluta, mas com uma esquerda radicalizada à esquerda, apagando-se a parte moderada do PS», defendeu.

Sobre a remodelação ao governo, Marcelo salientou que Sócrates «devia» fazer uma remodelação governamental, mas «quando ele é muito picado para fazer, não faz». Sobre as saídas de ministros, Marcelo falou daquele que é o grande problema do governo socrático.

«A grande questão não é Luís Amado, é Teixeira dos Santos. Na minha opinião, e sem embargo dos méritos de Teixeira dos Santos nos primeiros anos de governação, ele está estoirado. Algumas das intervenções, como aquela que teve para o Financial Times no começo da semana e a correcção no próprio dia e até a dificuldade de controlo da gestão orçamental de 2010, tem a ver com isso: está extenuado».

«Se o PS acredita e o primeiro-ministro acredita que não há eleições faz remodelação. E devia encontrar, não sei se consegue, um ministro das Finanças com energia para uma execução orçamental rigorosa», concluiu.

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