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Medicamentos: afinal, o PSD vota contra

Quase todos os artigos já tinham sido votados, mas sociais-democratas recuaram. CDS, BE e PCP insinuam que cederam às pressões

ACTUALIZADA ÀS 16h12

O PSD recuou e decidiu esta quinta-feira que vai votar contra o projecto de lei da prescrição de medicamentos por substância activa.

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Esta quinta-feira, na Comissão parlamentar de Saúde, a deputada social-democrata Clara Carneiro declarou que o partido «não está confortável com este diploma».

Na quarta-feira, a comissão já tinha aprovado quase todos os artigos deste diploma que instituía a prescrição por substância activa, apenas com os votos contra do PS.

Mas esta quinta-feira, o PSD decidiu retirar o seu apoio ao texto e irá votar contra, caso o projecto ainda vá a tempo de ser votado em plenário da Assembleia da República.

Clara Carneiro explicou que o PSD não concorda com um diploma «que deixa de fora os doentes crónicos», defendendo que não devia ser necessária justificação do médico para mudar a terapêutica nestes doentes.

CDS-PP, Bloco de Esquerda e PCP sublinharam estranheza com a mudança de posição do PSD, insinuando que o partido cedeu a pressões, nomeadamente da indústria farmacêutica e da Ordem dos Médicos.

«As mudanças aqui hoje só podem ter acontecido em função do que ontem aconteceu de novo: os comunicados da Ordem dos Médicos e da indústria farmacêutica», declarou o bloquista João Semedo.

Para a deputada Teresa Caeiro, do CDS, o recuo do PSD é «inaceitável» e representa o «grau zero da credibilidade».

Bernardino Soares, do PCP, também vincou a «hipocrisia política» do PSD: «Registo o recuo em toda a linha. Certamente houve factores para essa mudança de opinião, porque do ponto de vista do processo legislativo nada se alterou.»

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