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Chelas-Barreiro afecta manobras de navios

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Relatório do LNEC confirma problemas de navegação no Porto de Lisboa

A construção da terceira travessia do Tejo no corredor Beato-Montijo é «preferível» à ligação Chelas-Barreiro em termos de operacionalidade e segurança das operações portuárias, indica o relatório do Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC), esta quinta-feira divulgado, escreve a agência Lusa.

Este problema para os navios já tinha sido avançado pelo PortugalDiário em Dezembro de 2007, no artigo «É o fim do porto de Lisboa».

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O documento do LNEC indica que «em termos da operacionalidade e segurança das operações portuárias (Porto de Lisboa), a ligação no corredor Beato-Montijo (túnel ou ponte) é preferível à ligação (ponte) no corredor Chelas-Barreiro».

Chelas-Barreiro provoca restrições nas manobras

«Restrições nas manobras de acostagem dos navios ao terminal de contentores de Santa Apolónia devidas à proximidade do vão da ponte e à passagem de navios que actualmente atracaram a montante da ponte, devidas ao tirante de ar (altura do mastro da embarcação) que ficará disponível (47 metros)», são as desvantagens da solução Chelas-Barreiro na margem direita do Tejo.

Na margem esquerda do rio, segundo o relatório do LNEC, «ficará totalmente inviabilizada a operacionalidade do terminal de líquidos do Barreiro por redução substancial do espaço de manobra que lhe é adjacente, dado que os pilares da ponte estarão no interior da bacia de manobra», pelo que «a sua deslocalização será inevitável».

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O tráfego marítimo para montante do canal do Montijo também sofrerá restrições devido ao tirante de ar disponível, que será de 25,8 metros.

Beato-Montijo interfere menos

Por estes motivos, conclui o estudo do LNEC, «a solução Ponte Beato-Montijo, desde que respeite os condicionamentos que a Administração do Porto de Lisboa (APL) vier a definir para as zonas de atravessamento, revela-se mais vantajosa do que a solução (em ponte) Chelas-Barreiro, dado que, por estar mais a montante desta, interferirá, em princípio, em muito menor grau com a navegação portuária e não obrigará à deslocalização de qualquer nas infra-estruturas portuárias actualmente existentes no Porto de Lisboa».

Altura dos navios

«O que é fundamental é a altura dos navios que podem navegar por baixo da ponte e este projecto [ponte Chelas-Barreiro] é perfeitamente compatível com a circulação de navios no Tejo», assegurou à agência Lusa Carlos Fernandes, afirmando que foram utilizadas «ferramentas da Escola Naútica para quantificar e medir efeitos que a ponte vai ter na navegação».

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Alteração de rotas

Contudo, o administrador da RAVE admitiu «casos esporádicos» de alterações nas rotas dos navios mais altos, considerando que não terão «efeitos impactantes» porque o tabuleiro da ponte ficará 50 metros acima da superfície das águas.

Os técnicos do LNEC recomendam que «se revejam com a APL os valores do tirante de ar mínimo a considerar nos canais de navegação existentes - Canal de Cabo Ruivo, Canal de Samora e Canal do Montijo» e que se «determine o nível máximo da maré nas zonas de atravessamento, por forma a que se possam determinar criteriosamente as cotas mais baixas da face inferior do tabuleiro da ponte nessas zonas».

PP

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