O parecer sobre a cedência do edifício do Casino de Lisboa à Estoril-Sol teve o «visto» do ex-ministro do Turismo, Telmo Correia, a 22 de Fevereiro, mas escutas telefónicas mostram que em Março ainda havia pressão para que o assinasse, revela a edição desta quarta-feira do jornal Público.
Telmo Correia assinou o parecer da Inspecção-Geral de Jogos (IGJ) que confirma a não reversibilidade para o Estado do Casino de Lisboa, mas ter-lhe-à colocado uma data anterior ao dia em que terá despachado o documento, o que lança suspeita.
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Mas as datas não batem certo. O único parecer que existe no processo data de 22 de Fevereiro de 2005. Telmo escreveu aí «tomei conhecimento» com data de 23 de Fevereiro.
Telmo Correia disse ao Público que «o que consta das escutas não tem de corresponder à realidade», acrescentando que as pessoas interceptadas nas escutas desconheciam se tinha ou não já feito esse despacho.
No entanto, escutas telefónicas transcritas no processo Portucale, depois de 22 de Fevereiro e até 11 de Março, revelam vários telefonemas a pressionar para que o despacho fosse assinado.
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