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OE: «A bola está do lado» de quem tem «a faca e o queijo na mão»

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O secretário-geral do PS recusou este sábado em Bruxelas que a «bola» esteja do lado dos socialistas na «recta final» da discussão do Orçamento do Estado para 2012, afirmando que o Governo é que «tem 24 horas» para responder às suas propostas.

«O PS apresentou um conjunto de propostas para tornar menos injusto este orçamento, e a maioria do PSD e do CDS-PP tem de dizer quais é que aprova e com quais é que não está de acordo. E se tiver propostas alternativas, que as apresente. Tem 24 horas para o fazer», apontou António José Seguro.

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Falando à margem de uma convenção do Partido Socialista Europeu (PES), Seguro sublinhou ainda insistentemente que «não há, não houve, nem haverá nenhum processo de negociação» entre o PS e o Governo, porque este «não é o orçamento» do seu partido, que há muito decidiu o seu sentido de voto, e que apenas está disponível para «dialogar», não para «negociar».

«A bola, como se costuma dizer, está do lado do Governo», que tem uma maioria absoluta e, como tal, «a faca e o queijo na mão», apontou.

Hoje em Coimbra, o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, disse que «o Governo mantém abertura se houver evolução do PS» para fazer «alguma modelação» na aplicação de medidas de austeridade com «impacto social mais pesado».

O Governo «não põe em causa a necessidade de adopção destas medidas», mas «está disponível para poder graduar a maneira como elas serão aplicadas», mas isso, advertiu Passos Coelho, «exige que se encontre do lado da receita a compensação necessária de modo a que o nosso valor do défice para o próximo ano" não fique comprometido.

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Confrontado com estas palavras, António José Seguro insistiu que o PS já apresentou em devido tempo propostas e respectivas rubricas de contrapartida, e sustentou que o Governo é que ainda não respondeu.

«Apresentámos propostas concretas para que fosse possível devolver um salário e uma pensão - um salário aos funcionários públicos e uma pensão aos reformados - e apresentámos as rubricas que deverão servir de contrapartida. Cabe naturalmente ao Governo e à maioria parlamentar olhar para essas propostas e dizer se concorda com elas ou não», disse.

Seguro fez questão de rejeitar a ideia de que nesta reta final da discussão do Orçamento do Estado haja uma negociação em curso com o Governo e que deva ser o PS a apresentar propostas.

«Como é sabido, este não é o nosso orçamento. Nós não estamos comprometidos nem ficaremos comprometidos, não estamos envolvidos nem estaremos envolvidos com este Orçamento do Estado. Nós definimos o nosso sentido de voto no início e no final. E quero que isso fique bem claro: este não é o nosso orçamento e não existe nenhum processo de negociação», reforçou, afirmando que apenas há abertura ao diálogo, no sentido de o PS «explicar» as propostas que formulou no sentido de tornar o documento «menos injusto».

O secretário-geral do PS concluiu afirmando que a ideia com que fica é a de que o Governo e a maioria PSD-CDS-PP «está neste processo olhando em primeiro lugar para o interesse do Governo e do interesse partidário, do cede ou não cede».

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