A declaração do ministro das Finanças de que o Governo vai procurar «atenuar as medidas de austeridade criou nalguns deputados no PSD a expectativa de que a proposta do Orçamento para 2013 possa «evoluir, melhorar» até ser entregue.
Contactado pela agência Lusa a propósito das críticas de Manuela Ferreira Leite às novas medidas de austeridade, o vice-presidente da bancada do PSD Miguel Santos disse não querer «alimentar polémicas, pelo menos até à entrega do Orçamento do Estado», e acrescentou que, no seu entender, o Governo vai entregar «uma proposta que poupe ao máximo os portugueses».
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Questionado se isso significa que espera que possa haver mudanças nas medidas a incluir no Orçamento, o deputado social-democrata respondeu: «Tenho essa expectativa, até em face das declarações do senhor ministro das Finanças. Ele disse que era possível evoluir, melhorar».
Quanto ao desafio da anterior presidente do PSD, Manuela Ferreira Leite, aos deputados para que votem o Orçamento «em consciência», Miguel Santos alegou que «não vale a pena fazer comentários», porque o país vive «um momento de demasiada seriedade, e exige uma responsabilidade acrescida».
A maioria dos sociais-democratas contactados pela agência Lusa a propósito das palavras de Manuela Ferreira Leite não deu qualquer resposta ou disse não as querer comentar.
Nuno Encarnação foi uma exceção. Disse que votará a favor do Orçamento em qualquer circunstância: «Enquanto deputado do PSD, eleito pelo PSD, apoiarei sempre, como é natural, um Orçamento do Estado apresentado pela coligação PSD/CDS-PP. Não faz nenhum sentido que fosse diferente».
Como Miguel Santos, também Nuno Encarnação considerou que serão ainda feitas «afinações» até à entrega da proposta de Orçamento, apontando a declaração feita pelo ministro de Estado e das Finanças, Vítor Gaspar, na quarta-feira, na Assembleia da República.
Interrogado se, no seu entender, é desejável que haja medidas melhoradas, o deputado do PSD respondeu que «tudo o que seja melhoria qualitativa para os portugueses é desejável» e que esse «é o próprio desejo do senhor ministro das Finanças».
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