O filósofo e ensaísta Eduardo Lourenço espera que a actual crise, que considera estar a ser «muito dolorosa» para o País, seja ultrapassa com serenidade.
«Ainda não tivemos movimentos de grande comoção cívica e protestos no meio da rua. Por enquanto, tudo está dentro das regras de funcionamento de um país democrático, como é o nosso, e esperemos que assim continue e que a crise seja vencida», declarou.
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O pensador, que vive em França, falava à agência Lusa, na Guarda, à margem do lançamento do livro «Euforia Breve - Memórias da Primeira República na Guarda», que encerrou as comemorações locais do Centenário da República.
«Nós temos mais dificuldades em responder a essa crise, mas o que leio pelos jornais é que Portugal tem de cumprir aquilo que prometeu para resolver essa crise, que é uma crise muito dolorosa para o País», afirmou.
«Eu sei que há alguns movimentos de gente, que eu considero imenso, que estão muito preocupados com o estado do País neste momento e, é uma razão para isso, porque outros países, que têm uma economia mais dinâmica do que a nossa, como a vizinha Espanha, estão também a atravessar uma crise difícil, e a própria França não está imune àquilo que se está a passar», apontou.
Eduardo Lourenço vaticina «que no próximo ano, ou daqui a dois anos, tenhamos saído dessa espécie de pesadelo, que é para Portugal esta crise que estamos a atravessar».
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