O líder parlamentar do PSD acusou este sábado o Governo de «fantasiar» sobre o desmantelamento do Estado Social, considerando que as declarações de Teixeira dos Santos sobre o Serviço Nacional de Saúde mostram que é necessário reduzir a despesa, noticia a Lusa.
«Tal como temos vindo a afirmar repetidamente, a preocupação em relação à despesa é enorme e o senhor ministro das Finanças não está mais do que a reflectir isso [nas suas declarações], essa nossa preocupação não tem nada a ver com uma política de ataque ao SNS», afirmou à agência Lusa Miguel Macedo.
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O presidente da bancada «laranja» referia-se às palavras do ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, que na sexta-feira considerou que o SNS tem pela frente um grande desafio, que «exige melhorias na sua gestão» e no «cumprimento dos prazos de pagamento» aos fornecedores.
«O SNS tem um desafio grande que exige melhorias na sua gestão, no cumprimento dos prazos de pagamento, mas isso deve ser exigido, acima de tudo, aos responsáveis, que são quem gere o SNS. Não podemos pensar que sempre que temos problemas dessa natureza [financeiros] as responsabilidades da gestão podem ser negligenciadas», afirmou Fernando Teixeira dos Santos.
Na opinião de Miguel Macedo, o governante lançou «um recado» que «reflecte o realismo com que se tem de olhar para estas coisas».
«O que o ministro das Finanças afirmou não é mais do que o que temos vindo a dizer ao longo de meses», acrescentou.
O líder da bancada social-democrata defendeu «um combate sistemático ao desperdício e a gastos inúteis no SNS».
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«Do nosso ponto de vista é bom que o Governo tome consciência que isto é absolutamente essencial e se deixe de fantasias», afirmou, acusando o Governo de fazer «um discurso em torno de matérias de pseudo-defesa das políticas sociais».
«Isto não é uma questão de discurso político, é só ler o relatório do Tribunal de Contas, que diz que entre 20 a 25 por cento das despesas com o SNS são desperdício», referiu.
Macedo acusou ainda o Governo de «desvalorizar completamente» as propostas do PSD, assinalando que o partido apresentou em Abril um projecto de resolução para reduzir a despesa pública em 1700 milhões de euros que o Executivo considerou na altura «uma mão cheia de nada».
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