O nome do futuro secretário de Estado da Cultura, Francisco José Viegas, já foi apresentado formalmente ao Presidente da República, mas não tomará posse ainda na terça-feira.
Os três secretários de Estado anunciados juntamente com a lista de ministros do XIX Governo Constitucional funcionam todos na dependência do primeiro-ministro: além de Francisco José Viegas, já são conhecidos os nomes de Luís Marques Guedes, secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros, e Carlos Moedas, secretário de Estado Adjunto do Primeiro-Ministro.
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No entanto, ao contrário de Marques Guedes e Carlos Moedas - que tomarão posse na terça-feira, juntamente com os 11 ministros e o primeiro-ministro indigitado, Pedro Passos Coelho - Francisco José Viegas, uma vez que não tem assento no Conselho de Ministros, apenas tomará posse mais tarde, juntamente com os restantes secretários de Estado, cujo nome será divulgado depois da posse dos ministros, informa a agência Lusa.
O escritor Mário Cláudio, entretanto, considerou que a extinção do ministério da cultura «não vai fazer diferença nenhuma», defendendo que Francisco José Viegas «poderá desempenhar um papel brilhante» como secretário de Estado daquela pasta.
«Eu não vejo [a extinção do Ministério da Cultura] com grande preocupação. A acção dos ministérios da cultura nos últimos anos tem sido escassíssima, às vezes até desastrosa», afirmou à Lusa.
Mário Cláudio lembrou ser «reformado do Ministério da Cultura», tendo sido «técnico superior durante muitos anos» e assistido «à evolução institucional que passou da secretaria de Estado para o ministério.
Quanto à escolha de Francisco José Viegas, recordou ser seu «amigo de há longa data» e um «escritor de grande qualidade». Destacou ainda que Viegas «tem sido um homem muito interventor, sobretudo na área da divulgação da cultura e da literatura portuguesa, para além de ser ele próprio um criador literário de grande mérito».
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